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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Somos apenas os títulos ou rótulos que carregamos?




Na TV é comum: a Advogada foi assassinada. A Engenheira desapareceu. A própria mãe repete em desespero: Minha filha era uma engenheira, ela era engenheira! Como se nada mais importasse.

Aqui no YR, num momento de desentendimento, um usuário me disse: Volte pra categoria de Solteiros e Namorando! Em tom de menosprezo, claro. E até hoje ainda não entendi o que a categoria tem de pior ou melhor que a de R&E ou a de Filosofia.

Não está claro que um título, muitas vezes, não é sinônimo de inteligência e que mesmo quando é a pessoa continua sendo uma "pessoa"?

Não está claro que esta tarja laranja não quer dizer absolutamente nada? Que não pressupõe que quem a carrega seja mais capaz que ninguém?

Aliás, muito pelo contrário, as pessoas mais inteligentes, dinâmicas e versáteis que conheço no YR, até agora, aquelas que podem passear por qualquer categoria sem receio algum, não carregam faixinhas! (Salvo as exceções, como sempre, é claro, que ninguém se ofenda).

Então, por que as pessoas ainda são reduzidas a títulos?


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Pergunta feita por Kristal no sítio Yahoo!Respostas.

1ª Resposta dada por MeyMey à pergunta de Kristal.

2ª Resposta dada por Jota Gê à pergunta de Kristal.

3ª Resposta dada por Bill à pergunta de Kristal.
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MeyMey:

 
Para refletir

Doutoras...

Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.

Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem um trabalho.”.

"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe."

"Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga sua, chamada Marta, soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.

Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.

O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi: "qual é a sua ocupação?”.

Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

"Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas."

A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.

Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:

"Posso perguntar, o que é que a senhora faz exatamente?"

"Mãe, onde está meu sapato? Mãe, me ajuda a fazer a lição? Mãe, o bebê não para de chorar. Mãe, você me busca na escola? Mãe, você vai assistir a minha dança? Mãe, você compra? Mãe..."

De volta a casa, sentada na cama, Marta pensou: "se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas: doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, doutoras executivas seniores.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de fazer a vida melhor.

Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, envie esta mensagem a todas as mulheres e também aos homens para que possam refletir, agradecer e retribuir toda dedicação que recebem diariamente seja de suas avós, mães, tias, irmãs ou esposas.


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Jota Gê:


Sim.

Infelizmente

Conta uma lenda urbana que um homem muito rico foi ao restaurante que costumava frequentar, mas resolveu despir-se do rotulo que o cobria, ele usou uma roupa simples e apenas desodorante. Foi barrado na porta sem nenhuma consideração, voltou para casa e vestiu sua "armadura brilhante" e foi muito bem recebido ao sentar-se à mesa. Ofereceu um pouco à manga do paletó. Curioso, o garçom foi perguntar ao que lhe respondeu:

- Minha roupa merece comer um pouco, afinal, se não fosse por ela, não teria entrado aqui.

Eu julgo e avalio as pessoas primeiramente pelo status dela, depois por suas qualidades morais (embora me envergonhe depois disso, embora não me orgulho desses atos)

E você???

Bjs

T

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Bill:


Oi, Kristal!

Isso é comum, pois as pessoas sempre se classificam e classificam a outros como superiores ou inferiores, as pessoas sempre estão atrás de alguém para humilhar para compensar as humilhações que sofre.

Graças a isso, diversos critérios surgem para classificar as pessoas, mas nem sempre são critérios justos. São critérios, na verdade, firmados em afinidades e não mérito. As pessoas não defendem aqueles que merecem, defendem aqueles que gostam, seus amigos, que são de seu grupo ou de sua casta.

Não importa se outra pessoa tem razão sobre alguma coisa, se não é de nosso time, então sempre estará equivocado.

Falo um pouco sobre isso bem aqui (por favor, quando tiver um tempinho, dê uma lidinha).

Muitos falam que não existe livre-arbítrio, mas Deus dá o livre-arbítrio, são as pessoas que o tiram. Essa forma de rotular ou classificar as pessoas é uma forma de eliminar a liberdade individual.

É isso.

Bjão,

Graça e paz!


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 "...o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" - (1Sam. 16:7)

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