Fiz essa pergunta em uma outra categoria: "O que é pior? Um aborto ou uma criatura vivendo em condição sub-humana?"
Todos se mostram os donos da verdade e contra o aborto, dão voltas e respondem todo tipo de coisa que podem imaginar MENOS a pergunta!!!
Alguém é capaz de responder (principalmente os que são contra o aborto) diretamente a pergunta?
Que eleja uma das duas alternativas, se não é capaz de responder por favor nem perda o tempo postando porque para mim não é interessante.
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Pergunta feita por Lacrymosa no sítio Yahoo!Respostas.
1º Resposta dada por Mordillo à pergunta de Lacrymosa.
2º Resposta dada por Apelidoyahoo à pergunta de Lacrymosa.
3º Resposta dada por Bill à pergunta de Lacrymosa.
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Mordillo:
O aborto [é pior] sem dúvida!
Como você pode garantir que esse ser viverá em condições sub-humana, se tirar-lhe a oportunidade de nascer?
E as pessoas que realmente vivem na miséria, em condições sub-humanas, são as que menos recorrem ao aborto, por falta de informação e de condições financeiras.
Quem aborta está mais preocupado com as suas dificuldades do que com as possíveis condições de vida da criança. É egoísmo e hipocrisia usar esse argumento para defender o aborto.
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Apelidoyahoo:
Acho que esta pergunta deve ser respondida por cada um... Cito abaixo um texto de autora desconhecida sobre o assunto. Cada um leia e tire suas próprias conclusões sobre o que é pior...
Diário de Uma Criança por Nascer
5 DE OUTUBRO:
Hoje começou minha vida. Meus pais ainda não sabem disso, mas já existo. E vou ser menina. Terei cabelos louros e olhos azuis. Quase tudo já está fixado, até mesmo que irei gostar muito de flores.
19 DE OUTUBRO:
Alguns afirmam que não sou ainda uma pessoa real que apenas minha mãe existe. Mas sou uma pessoa real assim como uma migalhinha de pão ainda é realmente pão. Minha mãe é. E eu também sou.
23 DE OUTUBRO:
Minha boca está começando agora a se abrir. Imagine só dentro de cerca de um ano estarei sorrindo e, depois, falando. Sei qual será minha primeira palavra: MAMÃ.
25 DE OUTUBRO:
Meu coração começou hoje a bater por si mesmo. De agora em diante, baterá suavemente pelo resto de minha vida, sem jamais parar para descansar! E, depois de muitos anos, ele se cansará. Parará, e então morrerei.
2 DE NOVEMBRO:
Estou crescendo um pouco cada dia. Meus braços e minhas pernas começam a tomar forma. Mas tenho de esperar ainda bastante tempo antes de estas perninhas me erguerem até os braços da mamãe, antes que estes bracinhos possam colher flores e abraçar o papai.
12 DE NOVEMBRO:
Pequeninos dedos começam a formar-se em minhas mãos. É engraçado como são pequenininhos! Poderei tocar com eles nos cabelos de mamãe.
20 DE NOVEMBRO:
Foi somente hoje que o médico contou à mamãe que estou vivendo aqui, sob o coração dela. Oh, quão feliz ela deve estar! Sente-se feliz, mamãe?
25 DE NOVEMBRO:
Mamãe e papai devem estar provavelmente pensando num nome para mim. Mas eles nem sequer sabem que sou uma menininha. Desejo que me chamem de Mariazinha. Já estou ficando tão grandinha!
10 DE DEZEMBRO:
Meus cabelos estão crescendo. São macios, claros e brilhantes. Fico imaginando que tipo de cabelos mamãe tem.
13 DE DEZEMBRO:
Estou quase prestes a poder ver. Tudo é escuro em volta de mim. Quando mamãe me trouxer ao mundo, ele será cheio de sol e de flores. Mas o que mais desejo é ver minha mamãe. Qual é sua aparência, mãezinha?
24 DE DEZEMBRO:
Fico imaginando se mamãe ouve o sussurro do meu coração. Algumas crianças chegam ao mundo um pouco doentes. Mas meu coração é forte e saudável. Ele bate tão ritmicamente: toc-toc, toc-toc. A senhora terá uma filhinha saudável, mãezinha!
28 DE DEZEMBRO:
Hoje minha mãe me matou.
De Autoria Anônima.
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Bill:
Oi, Lacrymosa!
Esse é um assunto complicado e como todo assunto complicado, não dá pra ficar no “oito ou oitenta”, pois é relativo.
Pessoalmente, creio que deve ser facultado à mãe que vive em situação sub-humana se deve ter filho ou não ou, ainda, entregar para adoção, caso queira. O aborto nunca pode ser uma obrigação, pois não existe garantia de que essa criança será marginal ou subdesenvolvido. Do mesmo modo, também não dá pra garantir que uma criança nascida em berço de ouro será uma pessoa de bem.
Além disso, pode reparar, a maioria das mulheres que defendem o aborto não vivem em condições sub-humanas, pois possuem as condições ideais para criar uma criança saudável e de bem.
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Felizmente, o Brasil de hoje não possui tantas pessoas em condições sub-humanas como no passado, talvez no norte e nordeste ainda tenham muitas, mas não é mais maioria, até pessoas que moram em favelas tem condições financeiras de criar uma criança (o problema deles é a marginalidade e não a vida financeira, necessariamente). Mas a boa educação recebida dos pais (ou da mãe) pode evitar a marginalidade como modo de vida de seus filhos, mesmo morando em favelas.
Assim, a questão do aborto, no Brasil, faria mais sentido se fosse discutida levando em consideração o estupro ou a possibilidade de natimorto, criança deficiente ou risco de morte da mãe. No entanto, não são esses os pontos em discussão por parte da maioria daqueles que defendem o aborto, pois a maioria não se enquadra nas condições acima e não vivem em condições sub-humanas. Tratam a vida de uma criança como algo apenas supérfluo e desprezível. Defendem o aborto apenas por vaidade pessoal.
Uma mulher grávida constitui DUAS vidas e não apenas uma.
Se há condições dessas duas vidas viverem bem e com dignidade, mas a mãe, apenas por vaidade pessoal, resolve eliminar a criança, então é crime no meu modo de ver.
Pois uma vida não pode ser descartada desse modo, como se fosse um objeto qualquer.
Por isso creio que em caso de estupro, risco de morte da mãe ou da criança, risco de deficiências da criança após nascer ou no caso de situação sub-humana (que você colocou), o aborto deve ser facultativo, ou seja, a mãe decide (ou a família, caso a mão não esteja em condições).
Fora desses casos, o aborto não faz sentido.
É isso.
Beijos,
Graça e paz.