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sexta-feira, 3 de abril de 2020

A dor como professora





A adversidade na natureza

Dizem que na história da Terra houve várias catástrofes que resultaram em extinções em massa. Em cada grande extinção desse tipo, apenas as espécies mais capacitadas sobreviviam.

Em outras palavras, apenas os melhores genes eram passados a diante.

Existe um fator parecido com as grandes queimadas que ocorrem nas florestas. Em 2019 a queimada na Amazônia teve uma abordagem extremamente sensacionalista por parte da imprensa, mesmo sendo um evento que ocorre todo ano desde que a Amazônia existe. Com certeza vai ocorrer em 2020 também, mas a questão importante a ser observada aí é a finalidade da queimada: Ela fortalece a floresta.

Na África há regiões de grande seca em determinada época do ano, onde muitos animais morrem e somente os mais fortes e melhor adaptados sobrevivem e, por consequência, ocorre apenas a sobrevivência dos melhores genes, e são esses genes “selecionados” que garantem a manutenção e a sobrevivência dessas espécies.

O que quero dizer com isso?


A adversidade na vida do Homem

A adversidade faz parte da natureza, faz parte da vida e produz purificação e fortalecimento a quem sobrevive a ela.

Por que seria diferente conosco?

Veja um exemplo simples: A escola pra muitos foi (ou é) uma época difícil, nem sempre era fácil se relacionar com outras crianças/adolescentes, também sempre havia aqueles que tiravam sarro de nós, aqueles que diziam: “vou te pegar na saída!”, aquelas brincadeiras sem graça de dar cascudos e etc. Pra muitos, isso na verdade era até divertido, pra outros entretanto era o inferno na Terra. Eu venho de uma geração onde isso tudo era considerado normal e parte da vida estudantil. Briguei várias vezes na escola, apanhava, batia e a vida seguia seu rumo, minha mãe nem ligava (a mãe de ninguém ligava).

Pra muitos esse foi o primeiro contato com a adversidade, e como tal serviu para adquirir experiência de vida.

Por isso que as gerações de trinta e cinco anos de idade ou mais costumam ter uma postura mais firme e decidida diante da vida (não tem tanto nutella).

Crianças extremamente protegidas pelos pais, tornam-se, em via de regra, pessoas fracas e incapazes de lidar com as lutas da vida adulta. Não sabem lidar com a rejeição, com a perda, com a derrota, com o confronto e etc e, por consequência, são engolidos pelo “mundo”. São pessoas que, em sua maioria, inconscientemente, acreditam que o mundo é igual ao apartamento onde foram criados, um ambiente controlado, onde os pais têm solução pra tudo.

Os pais não tem esse poder e o mundo jamais será um ambiente controlado, razão pela qual muitos tiram a própria vida, pois não conseguem lidar com isso.

A adversidade faz parte da vida, simples assim.


Lei da selva

Sabe como é a vida de um leão macho selvagem?

É mais ou menos assim: a maior parte morre quando ainda é filhote e aquele que consegue sobreviver tem que aprender a caçar logo, pois antes de se tornar adulto, será expulso de seu bando pelo macho alfa. Após a expulsão, esse leãozinho vaga pela savana durante anos sozinho ou em grupos pequenos de outros leões machos jovens, sem território próprio e com a caça bem restrita, pois a melhor parte das caças ficam com os bandos. Quando finalmente está forte e confiante, então pode desafiar algum macho alfa para tomar seu bando pra si. Se tiver sorte, então finalmente terá um lugarzinho pra ficar e poderá passar seus genes para a próxima geração, pois conquistou esse direito. Mas se perder, então morre e é devorado pelo leão vencedor.

Vida difícil, né?

E se um leão adulto, grande e forte, porém domesticado, for jogado na selva, o que acontece com ele?

Morre em poucas semanas de fome e só. Ele não aprendeu a caçar, não aprendeu a lutar, não aprendeu a encarar a selva, nem sabe o que ela é.

A existência humana não é muito diferente disso, tem muito adulto forte e saudável, porém domesticado, que não sabe como encarar a vida e, por isso, é engolido por ela.

Não me refiro a ser uma pessoa selvagem, acredito que isso está óbvio, mas estou falando sobre estar preparado para a vida, e isso começa cedo. Sei que muitos papais e mamães vão discordar de mim, mas quando tiverem um filho adulto e problemático para cuidar, aí vão entender o que quero dizer, mas será tarde.

Muito bem, esta é a nossa caminhada na Terra, mas e Deus nessa história?

Veja bem, após uma vida difícil neste mundo, finalmente conhecemos o evangelho, então tudo muda?

Tudo fica mais fácil?

Sim e não.


Deus cuida de nós

Mateus 7.7-11: “7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. 8 Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. 9 E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? 10 E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? 11 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?

Deus ouve a nossa oração, Ele nos trata como filhos e cuida de nós como filhos mesmo. Deus não nega seu socorro a quem busca por Ele, pois o livramento sempre vem.

Mateus 6.31-34: “31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? 32 Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; 33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

A Palavra de Deus nos incentiva a confiar nEle, a resistir à ansiedade, a não ceder ao desespero, a não sucumbir diante do medo, pois essas atitudes destroem a nossa fé, pois nos engana e nos obriga a pensar que Ele não tem poder para intervir, ou pior ainda, faz parecer que ele não tem palavra, que sua promessa é falsa.

Isso é perigoso.

Por isso o texto diz que basta a cada dia o seu mal, ou seja, pra hoje, basta o mal de hoje, amanhã é outro dia e Deus proverá, por isso não nos ocupamos com aquilo que ainda não aconteceu.

Gosto muito da frase que o cantor Juliano Son disse em um de seus CDs, ao falar sobre a paz de Deus: “A paz que vem da certeza de que tudo vai ficar bem”.

Isso é fé.

E é por isso que confiamos na Palavra, que diz em 1 Pedro 5.7: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.

Legal, né?

Lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade.

Então nunca teremos dor, nunca haverá choro, será o paraíso na Terra, certo?

Errado.


Com Deus existem adversidades?

Deus criou o mundo e estabeleceu um padrão, que é o aperfeiçoamento através da adversidade, não tem como fugir disso. Vimos no início deste texto quando falamos sobre queimadas, sobre os leões e etc.

Isso significa então que Deus, em relação ao seu povo, abençoa em certas ocasiões, mas em outras não? Ou seja, em algumas ocasiões eles nos deixa na mão, apenas pra ver o que acontece, é isso?

Com certeza, não.

1 Coríntios 10.13: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”.

As adversidades, pra quem não é de Deus, no mundo, vêm sem controle algum, onde muitos sucumbem. Para nós, povo de Deus, a provação vem com um propósito, com uma finalidade e nunca é além de nossa resistência.

Veja bem, a adversidade serve para aperfeiçoamento e purificação, não é para destruição.

A adversidade está presente na natureza, na vida secular e também com o povo de Deus, a diferença é que para o “mundo” não há limites ou controle, onde muitos podem aprender com as experiências da vida, enquanto outros podem sucumbir com essas mesmas experiências. Para o povo de Deus, entretanto, essas adversidades não vem de forma aleatória, como numa roleta russa, elas são permitidas por Deus visando determinado objetivo. Essas adversidades vem com diversos livramentos ao longo delas, de modo a torná-las suportáveis, fazendo com que nosso desenvolvimento e amadurecimento seja garantido, sem que sejamos consumidos no processo.

Desse modo as promessas de Deus permanecem, Ele continua ouvindo nossas orações, continua rejeitando nossa ansiedade também, pois o cumprimento de suas promessas segue um tempo determinado, um momento certo para acontecer, mas sempre acontecem.

A Palavra de Deus jamais perde seu valor e sua eficácia.

Como exemplo de aprendizado e amadurecimento, temos a vida de José.

Veja o que seus irmãos fizeram com ele:

Gênesis 37.23-28: “23 Chegando José, seus irmãos lhe arrancaram a túnica longa, 24 agarraram-no e o jogaram no poço, que estava vazio e sem água. 25 Ao se assentarem para comer, viram ao longe uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que eles levavam para o Egito. 26 Judá disse então a seus irmãos: ‘Que ganharemos se matarmos o nosso irmão e escondermos o seu sangue? 27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas. Não tocaremos nele, afinal é nosso irmão, é nosso próprio sangue’. E seus irmãos concordaram. 28 Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito”.

Depois de ser vendido como escravo pelos próprios irmãos, ele ainda acabou na cadeia de forma injusta, através de acusações falsas. Mas ao final de tudo, ele se tornou governador do Egito, o segundo homem mais poderoso no mundo conhecido daquela época.

Quando tudo terminou, José entendeu o propósito de Deus, pois ele disse o seguinte, em Gênesis 5.20: “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos”.

Quando José era jovem, ele era mimado, arrogante e egoísta. Que tipo de governante ele teria se tornado, se não tivesse sido aperfeiçoado?


A provação produz o bem?

Tiago 1.2-4: “2 Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, 3 pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. 4 E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma”.

A provação da fé dá início a um processo que gera a perseverança, pois perseverança significa esperança persistente, que gera a capacidade de nunca desistir. Essa perseverança deve ter ação completa, ou seja, devemos persistir até o final, até alcançar o objetivo desejado por Deus. O resultado disso, como já foi dito acima, é para produzir amadurecimento e integridade.

No passado os pais trabalhavam e as mães ficavam com os filhos, então havia um relacionamento bem mais próximo das mães e seus filhos e uma ligação maior dos filhos com os pais através das mães. Muitas famílias de hoje, porém, não tem esse mesmo contato entre filhos e seus pais e menos intimidade também, pois o pai e a mãe trabalham e a criação dos filhos, em via de regra, fica por conta de terceiros. Isso mina a autoridade dos pais, que para compensar a ausência tentam satisfazer todos os desejos de seus filhos, criando “reizinhos” em seus castelos. Essas crianças não são disciplinadas ou ensinadas por seus pais e, por consequência, não são preparados para a vida adulta.

Deus é um pai no modelo antigo, tradicional, verdadeiro e por querer o bem de seu filho, então o disciplina.

Apenas bastardos não são corrigidos, pois não são seus filhos.

Veja aqui em Hebreus 12.5-8: “5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; 6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos”.

Temos um bom pai que não dá pedra quando pedimos pão e nem serpente quando pedimos peixe, e esse amor de pai é tão grande, que também nos disciplina e nos transforma em bons filhos, boas pessoas, bons cidadãos e nos prepara para a vida, uma vida abundante.

É isso.

Graça e paz.


Christian Brito.

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domingo, 10 de julho de 2011

Esperei confiantemente pelo Senhor; Ele se inclinou para mim quando clamei por socorro...




Poucas situações na vida nos incomodam tanto como a espera. Aguardar a chegada de alguém; de uma confirmação ou notícia; de uma resposta à nossa solicitação ou até mesmo de uma encomenda, agita o nosso coração. A inquietude e a expectativa, não raramente, assumem o controle da mente e do corpo. Em decorrência de tal situação, ficamos nervosos e impacientes, restando aos que estão conosco a nobre disposição da paciência e da tolerância diante de nosso insuportável comportamento.

Passando por dias quentes e longas noites, o salmista Davi experimentou a difícil tarefa de esperar. Seu coração, em meio às perseguições, aos deslizes e às perdas, compreendeu o que significava aguardar no Senhor. Ele percebeu que o diferencial não estava na espera em si, mas como ele deveria aguardar.

Confiança e clamor são as duas palavras chaves que acompanham aqueles que esperam no Senhor. Confiam, por isso clamam. Lembram a si mesmos das promessas de Deus e através do seu Espírito encontram a tranquilidade e a convicção fundamentais à vida. Para os cristãos a fé não está firmada, primariamente, naquilo que eles esperam, mas nAquele em que eles esperam. O alvo de nossa confiança não são os resultados aguardados, mas Aquele que é poderoso para fazer mais do que imaginamos ou pedimos.

É certo que em nossas vidas podemos esperar muito pelo Senhor. Ele não nos decepcionará!


Rev. Sergio Andrade

Deão da Catedral Anglicana da S.S. Trindade.


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Pergunta feita por Prada Brasil no sítio Yahoo!Respostas.

Resposta dada por Bill à pergunta de Prada Brasil.
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Oi, Prada!

Muitos falam que se precisa cumprir os mandamentos de Deus pra ser abençoado, né? Mas Jó cumpria e foi provado mesmo assim.

Muitos falam que a provação é para ensinar algo, mas ensinar o que? O que Jó aprendeu? Como saber quando o livramento virá?

O livramento virá quando a fé for 100%.

Mas isso é possível?

Vamos por partes:

A primeira coisa que deve acontecer é crer que Deus existe e que Jesus é o salvador.

É assim que a fé começa, mas ainda não é 100%.

Após a salvação, vem o doutrinamento que o próprio Deus nos dá.

É esse doutrinamento que vai fazer com que a fé cresça.

Mas o que Deus nos ensina nesse doutrinamento?

Observe:

1 - Pureza.

Para alguém se tornar puro, obviamente precisa de purificação, ou seja, um grande esforço para localizar e retirar o mal de sua vida, pois precisa se tornar como uma CRIANÇA de novo.

Hã?

A criança não tem o mal dentro de si.

Olhe só:

Imagine uma pessoa que nasceu e foi criada entre marginais, com drogas e violência diários. Essa pessoa conhece o bem? Se ela estiver diante do bem, poderá identificá-lo? Ou seja, se dissermos a ela que existe amor, caridade, honestidade, compaixão e etc. Ela acreditará ou rirá em nossa cara?

Essa pessoa terá que experimentar a compaixão para saber de sua existência, não é? Pois apenas ouvir falar sobre a compaixão não é suficiente.

Porém, se houver outra pessoa que nasceu em um ambiente oposto. Alguém que viu o bem em toda a plenitude que as pessoas podem expressar. Se ele ver o mal, ela o reconhecerá?

Ex. Se esse alguém vir a mentira ou o roubo, ele precisará se tornar mentiroso e ladrão para perceber que esse é o mal?

É evidente que não.

Por isso, quem apenas conhece o mal tem dificuldades em identificar o bem. Precisa vivenciá-lo para comprovar sua existência. Entretanto quem sempre conheceu o bem pode vir a conhecer o mal sem, contudo, precisar experimentá-lo.

Por isso, a pessoa pura tem mais condições de se tornar sábia, pois, para ela, tanto o bem quanto o mal estão bem claros e definidos.

Porém, convém lembrar que: uma pessoa pura não é o sinônimo de uma pessoa ingênua, pois pureza significa apenas que alguém não foi contaminado ou foi purificado. Essa pureza permite distinguir tanto o bem quanto o mal. Ingenuidade refere-se apenas à pessoa que tem dificuldades em compreender o que acontece ao seu redor. Já vi, por exemplo, marginal ingênuo, ou seja, otário.

Bem, como acabamos de ver, para ver e perceber o mal, o mal não pode estar em nós.

Por isso Jesus diz que precisamos ser como crianças para compreender o Reino dos céus, pois crianças são puras.

2 – Como ocorre a purificação?

Confissão e arrependimento.

Uma pessoa ainda na infância tem a mente e a personalidade em formação, sua mente é um livro em branco. A educação recebida dos pais (ou a ausência dela), os amigos, professores, a TV, a rua e etc. é que vão escrever esse livro. Embora Deus nos dê liberdade de escolha, as outras pessoas, porém, não dão. Sendo assim, uma pessoa adulta nada mais é que o resultado de sua própria história de vida. Sua história não é, necessariamente, um fruto de suas próprias escolhas.

Sendo assim, o mal estará presente em nós, pois nós o assimilamos sem perceber durante toda a vida, por isso é necessário uma mudança de valores, uma renovação total da mente.

Jesus antes de começar seu ministério foi ao deserto orar por um tempo. Moisés, que teve educação de príncipe da maior potência mundial da época, ficou 40 anos no deserto como pastor de ovelhas, isolado, apenas após isso ele se tornou o maior líder da história de Israel. O apóstolo Paulo, extremamente culto e membro do sinédrio (tribunal da época), imensa honra pra alguém tão jovem, após sua conversão, também se isolou por um tempo, após isso foi o maior personagem bíblico depois de Jesus.

Cada um deles teve um tipo de vida e educação, mas após um período de profunda reflexão, se tornaram algo completamente diferente do que eram.
Cosmovisão

Mas para que isso acontecesse, tiveram que mudar completamente sua visão de mundo, trocar uma mente moldada pela vida, por outra de sua própria escolha.

A Bíblia diz em Rm 12.2: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela RENOVAÇÃO do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Renovação do entendimento, esse é o segredo.

Para confessarmos nossos pecados a Deus é preciso uma análise profunda de si mesmo, além de muita coragem para tocar em assuntos dolorosos e humildade para reconhecer o mal e se arrepender dele.

No meio evangélico isso é conhecido como renúncia.

Quando reconhecemos todos os nossos pecados e nos arrependemos deles sinceramente, então o mal deixa de fazer parte de nós, mas para isso acontecer é necessária uma mudança total de padrões.

A Bíblia tem muitas regras e normas e a pessoa em processo de purificação precisa ser fiel a essas regras para sua proteção.

Mas o que um monte de regras e normas tem a ver com isso?

Esse é o próximo tópico.

3 – Crescer

Quando uma criança está crescendo, ela fica curiosa e quer mexer em tudo, inclusive onde é perigoso, como uma tomada, uma faca, um revólver e etc. Por isso, cabe aos pais impor limites para que a criança seja protegida, ou seja, leis são criadas.

A lei de Deus e a lei dos homens existem apenas para a proteção das pessoas e da sociedade.

Por isso, a pessoa em processo de purificação precisa seguir à risca as leis de Deus, pois ainda não conhece o bem, essa pessoa já confessou seus pecados e foi purificada, então se tornou como uma criança, por isso, precisa da mesma proteção que uma criança.

Mas não pode ficar como criança para sempre.

Quando uma criança cresce, as "leis" que seus pais impuseram ainda valem? Ou seja, ainda é proibido mexer na tomada, em uma faca ou revólver?

Quando uma criança cresce e se torna adulta, ou seja, madura. A maturidade lhe trás um conhecimento bem maior do mundo, de modo que as regras infantis perdem o sentido.

As Leis de Deus também funcionam assim, ou seja, com a maturidade vem a liberdade, foi isso que Jesus quis dizer com: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". O adulto conhece a verdade sobre a tomada, por isso é livre para manuseá-la.

Sendo o corpo nossa parte irracional, cabe ao espírito (possuidor de nossa inteligência) dirigi-lo. Mas se nosso entendimento não for desenvolvido, maduro, então, as consequências serão, obviamente, terríveis.

Por isso, existem leis quanto ao uso do corpo para nossa própria proteção e sobrevivência, porém, havendo maturidade, essas leis tornam-se desnecessárias (1 Coríntios 8*).


Apenas crianças ainda precisam de regras.

4 – Conclusão.

A pessoa que foi purificada discerne o bem e o mal com clareza, sendo madura, então entende como as coisas funcionam e seus riscos. A criança é proibida de colocar o dedo na tomada, mas o adulto pode ser eletricista.

Por isso a maturidade é importante, pois a pessoa madura consegue ter uma fé inabalável, uma fé que produz, de fato, uma paz completa no coração, mesmo que a adversidade ainda exista. Aliás, uma pessoa madura consegue qualquer coisa.

Assim, uma pessoa madura não precisa ser provada, não precisa ser ensinada, não precisa ser punida e nem vigiada, pois não é criança, é adulto.

Davi foi feito rei aos 13 anos (mais ou menos), mas só foi rei, de fato, aos 30. Penou por 17 anos.

José do Egito teve a revelação de que seria uma pessoa importante aos 17 anos, somente aos trinta foi liberto e se tornou governador do Egito. (penou como um condenado, literalmente, por 13 anos).

Eles foram purificados na marra até a maturidade, após isso, foram libertos e receberam de Deus algo proporcional à sua maturidade.

Foram livres.

Foi isso que Jó entendeu no cap. 42, por isso sua provação encerrou-se na mesma hora.

O objetivo final da provação é a fé em Deus, fé em 100% (Hebreus 11.6), só uma pessoa madura consegue isso. Por isso, pra quem é maduro, as regras também se tornam desnecessárias.

É isso.

Bjs,

Graça e paz!!
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* O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, no capítulo 8 (citado acima), ele diz que não se deve comer carne sacrificada a ídolos e, ainda, coloca isso como regra. Mas, nesse mesmo texto, ele diz que comer desta carne não é problema algum, pois o ídolo nada é, mas ele colocou essa regra como proteção ao irmão fraco, o irmão ainda sem entendimento, por causa de sua consciência.

Ele fez uma regra que valia pra uns e não pra outros.

A intenção de alguns, conforme sua maturidade, é que determinará a importância desta ou daquela regra.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

O purificador da prata




Ouvires de Prata

Havia um grupo de mulheres num estudo bí­blico do livro de Malaquias. Quando elas estavam estudando o capí­tulo três, elas se depararam com o versí­culo 3 que diz:

"Ele assentar-se-á como fundidor e purificador da prata...".

Este verso intrigou as mulheres e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter e natureza de Deus.

Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo. Então, naquela semana esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário para assistí­-lo em seu trabalho. Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata... nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento.

Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata no fogo e deixava-o aquecer. Ele explicou que no refinamento da prata devia-se manter a prata no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes de forma a queimar todas as impurezas.

A mulher pensou em Deus mantendo-nos em um lugar tão quente; depois, ela pensou sobre o verso novamente... "ele se assenta como um fundidor e purificador da prata".

Ela perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que sentar-se em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem disse que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos nela o tempo inteiro. Se a prata fosse deixada, apenas por um momento, em demasia, nas chamas, ela seria destruí­da. A mulher silenciou por um instante. Depois, ela perguntou:
"Como você sabe quando a prata está completamente refinada?".

E o homem respondeu: "Oh, É fácil! - o processo está pronto quando vejo minha imagem refletida nela".


Enviado por Débora Novaes.