Olá, Leitor!
Tudo bem?
Já ouviu falar em Teoria
Crítica?
Nunca?
Sabia que quando você
assiste a TV, ela está lá?
Quando assiste a um filme,
também?
Sabia que seus filhos
aprendem dela na escola?
Ela deu origem a vários
sistemas, um deles é o Marxismo Cultural, outro foi o socioconstrutivismo, e
ainda há muitos outros.
Possui várias ferramentas
interessantes, uma delas chama-se relativismo, conhece?
Tem mais uma coisa muito
importante que você precisa saber sobre ela:
Ela é sua inimiga,
Sua inimiga mais mortal.
Quer saber um pouco sobre
ela?
Marcos Nobre |
Para nos ajudar a entender essa importante questão, nada melhor que ouvir um defensor da Teoria Crítica falar.
Marcos Nobre é um filósofo marxista brasileiro bem conhecido, e navegando pelo YouTube, noutro dia, encontrei uma palestra sua sobre o assunto e resolvi comentá-la aqui.
Entretanto, fiz a análise de um modo um pouco diferente, pois não a fiz na forma de resenha, como muitos fariam, fiz do seguinte modo: selecionei os pontos principais da palestra dele e os dividi em vários parágrafos (em vermelho) e inseri minha análise logo após cada parágrafo (em azul).
Marcos Nobre é um filósofo marxista brasileiro bem conhecido, e navegando pelo YouTube, noutro dia, encontrei uma palestra sua sobre o assunto e resolvi comentá-la aqui.
Entretanto, fiz a análise de um modo um pouco diferente, pois não a fiz na forma de resenha, como muitos fariam, fiz do seguinte modo: selecionei os pontos principais da palestra dele e os dividi em vários parágrafos (em vermelho) e inseri minha análise logo após cada parágrafo (em azul).
Assim fica mais fácil
entender o ponto de vista dele (um marxista descrevendo a Teoria Crítica) e também o meu.
Mas caso já a tenha assistido ou não queira assisti-la, então, sem mais delongas, vamos à análise da palestra dele.
Boa leitura:
Boa leitura:
Marcos
Nobre: Eu só posso entender o mundo, tal como ele é hoje, a partir do que
ele poderia ser… Ao olhar o mundo da perspectiva do mundo melhor, que ele
poderia ser, ao mesmo tempo conseguir enxergar, neste mundo, os obstáculos para
que se alcance essa configuração melhor do mundo.
Pensador Livre: Esse
pensamento acima, fora de seu contexto original, é muito lindo! Mas quando
entendemos o que ele realmente quer dizer com “perspectiva do mundo melhor, que
ele poderia ser” e o método que os marxistas inventaram para chegar a esse fim,
então vemos que na verdade é um pensamento perigoso, nocivo e cruel.
Marcos
Nobre: O conhecimento da Teoria Tradicional ignora que o
conhecimento poderia ser de outro modo, ou seja, melhorado. É impossível
mostrar como as coisas realmente são, senão a partir da perspectiva de como
deveria ser, só posso entender o mundo, como ele é, hoje, a partir do que ele
poderia ser. Perceber o que está embutido no mundo, mas não é realizado,
enxergar no mundo o melhor que ele poderia ser, mas não realiza. Ao descrever o
mundo como ele é, faz-se uma descrição parcial do mundo, mas descrevendo-o como
poderia ser, então é uma descrição completa.
Pensador Livre: Durante
toda essa palestra, Marcos Nobre procurou descrever a Teoria Crítica a partir
de críticas à Teoria Tradicional, sendo que, o termo “Teoria Tradicional”,
usado aqui, refere-se a todo o conhecimento desenvolvido pelo Homem, seja
científico ou filosófico; teórico ou prático. Entretanto, ele não se dá ao
trabalho de justificar ou mesmo fundamentar essas críticas, apenas afirma que
tal coisa é assim e pronto. Como no parágrafo acima, por exemplo, onde afirma
que a Teoria Tradicional ignora que o conhecimento poderia ser de outro
modo.
Mas qual seria esse outro
modo?
Afinal, graças a essa busca
constante pelo saber científico, realizado pela Teoria Tradicional, que o Homem pode sair das cavernas e ir para a
Lua. Foi a Teoria Tradicional que criou e garantiu os avanços na medicina,
engenharia, física, química e etc.
Então, qual seria esse outro
modo?
Conforme formos avançando,
será possível notar que a Teoria Crítica propõe rebaixar a Teoria Tradicional a
uma categoria inferior, onde é definida simplesmente como: “descrever como o
mundo é”, e deve ser substituída arbitrariamente, sem base material alguma,
pela Teoria Crítica, definida como: “o mundo como deveria ser”.
Mas como saber o que deveria
ser sem saber o que é? Quem tem autoridade para afirmar o que DEVERIA ser?
Qual seria o propósito da
Teoria Crítica, verdadeiramente?
Um novo mundo para um novo
Homem habitar, como diria Ultron?
Mas isso seria feito
seguindo uma linha (arbitrariamente) pré-definida por quem?
Os marxistas?
Mas, no caso, seria destruir
tudo e substituir pelo quê?
Isso a Teoria Crítica não
responde, seja nessa palestra de Marcos Nobre, nos livros de Max Horkheimer
(criador da Teoria Crítica ) ou qualquer outra fonte marxista.
Marcos
Nobre: A Teoria Crítica enxerga no mundo atual aqueles fatores que impedem
que ele seja melhor, consegue enxergar os obstáculos que impedem essa
configuração melhor. A Teoria Crítica aponta para a prática, como
realização desses potenciais melhores, a Teoria Crítica nos mostra como superar
os obstáculos.
Pensador Livre: A Teoria
Crítica aponta para a prática?
O que isso significa?
É importante entender o que ele quer dizer com "prática", mas para entendê-lo melhor, convém dar uma breve pausa em nossa análise da palestra. Antes de prosseguirmos, vamos entender melhor a origem de alguns conceitos abordados aqui, afinal de contas, o marxismo também tem sua história.
É importante entender o que ele quer dizer com "prática", mas para entendê-lo melhor, convém dar uma breve pausa em nossa análise da palestra. Antes de prosseguirmos, vamos entender melhor a origem de alguns conceitos abordados aqui, afinal de contas, o marxismo também tem sua história.
Segundo Immanuel Kant
(22/04/1724 a 12/02/1804), a liberdade vem do agir, nômenos, e não do
pensar, fenômenos (para a Revolução Francesa, veio a calhar, pois
queriam se libertar das garras da monarquia e da fé). Ou seja, não há escolha
no ato de pensar, mas no de agir, pois no agir se tem acesso a uma decisão moral
imediatamente, pois quando pensamos, somos apenas como os animais, mas quando agimos,
então entramos na categoria dos “santos” e dos anjos.
O Homem quando pensa, ele
está preso dento de si mesmo, só é nobre quando age.
Assim, o agir é uma ação
moral exclusiva do indivíduo, de modo a não haver uma verdade universal,
absoluta. Não existe um mundo externo, real, de fato, mas aquilo que o Homem
cria em seu “agir”, é como se criasse um “simulador” exclusivo para entender a
realidade. Assim, verdade alguma pode ser verificada pelo modelo de Kant.
* Entendeu por que o “agir”
é importante para Kant?
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (27/08/1770
a 14/11/1831) não admitia a inexistência da verdade, por isso, segundo ele,
havia um espírito universal, que para conhecer a si mesmo, havia criado tudo e
esse “tudo”, fora de si mesmo, era outro “EU”. O caminho que esse “espírito”
usou para chegar à verdade absoluta foi através de um processo dialético na
história humana (um processo dialético é
quando uma ideia se torna uma tese, daí surge uma antítese em oposição a essa tese, dando origem a uma síntese de ambos. Essa síntese, então, se torna outra tese em oposição a outra antítese, formando nova síntese, e assim por diante. Grosso modo: uma forma de “tentativa e erro”). Ao final desse processo dialético, quando a igualdade (como em uma equação) entre o espírito universal e tudo que existe fosse alcançada (ou compreendida de forma consciente), então a Verdade seria alcançada.
quando uma ideia se torna uma tese, daí surge uma antítese em oposição a essa tese, dando origem a uma síntese de ambos. Essa síntese, então, se torna outra tese em oposição a outra antítese, formando nova síntese, e assim por diante. Grosso modo: uma forma de “tentativa e erro”). Ao final desse processo dialético, quando a igualdade (como em uma equação) entre o espírito universal e tudo que existe fosse alcançada (ou compreendida de forma consciente), então a Verdade seria alcançada.
* Entendeu a importância da
dialética para Hegel?
Karl Heinrich Marx
(05/05/1818 a 14/03/1883), que veio depois, pegou a ideia kantiana de que o
mundo externo não existe, mas só pode ser alcançado pelo AGIR e nunca pelo
pensar e juntou a isso a dialética de Hegel (mas sem o “espírito universal”).
* Pegou a ideia?
Ou seja, sendo que o mundo externo só pode ser alcançado pelo agir, (Marx dizia que o Homem é o animal que faz, homo faber, pois cria instrumentos de trabalho), então essa dialética na história ocorreu através do agir do Homem, no caso, a luta de classes. Assim, a Revolução do Proletariado é o resultado final dessa dialética, sendo, portanto, uma consequência natural e inevitável.
A práxis, ou prática,
mencionada acima por Marcos Nobre, remete para os instrumentos em ação (ou
instrumentos de trabalho) que determinam a transformação das estruturas
sociais, ou seja, o “agir” de Kant transformou-se na “práxis” de Marx.
Mas o que isso tem a ver com
Teoria Crítica?
Simples, tudo é uma questão de luta de
classes.
Uma das contribuições de Karl Korsch
(15/08/1886
a 21/10/1961) para a Escola de Frankfurt (uma espécie de instituto para estudos
marxistas) foi que não basta tomar as fábricas
para destruir o Estado, pois a subestrutura do Estado é o modo de produção
burguês, assim, para destruir essa subestrutura, então é necessário também
tomar as universidades, o direito, a filosofia e etc., ou seja, dominar todo o
modo de pensar burguês.
Foi aí que outr
o sujeito, também da Escola de Frankfurt, chamado Max Horkheimer (14/02/1895 a 7/07/1973), pensou que para atacar o Estado e implantar o socialismo, então precisava destruir a cultura, assim, então destruiria o modo de pensar burguês. Segundo ele, a cultura é formada por três instituições, que são intermediárias entre o Estado e o indivíduo, no caso: a escola, a religião e a família.
o sujeito, também da Escola de Frankfurt, chamado Max Horkheimer (14/02/1895 a 7/07/1973), pensou que para atacar o Estado e implantar o socialismo, então precisava destruir a cultura, assim, então destruiria o modo de pensar burguês. Segundo ele, a cultura é formada por três instituições, que são intermediárias entre o Estado e o indivíduo, no caso: a escola, a religião e a família.
Para isso Max Horkheimer criou a Teoria Crítica.
Essa teoria critica tudo, pois a Teoria Tradicional está errada, pois o
homem não tem acesso à realidade (lembra-se de Kant, logo acima?). Se você
questiona tudo na cultura de alguém, então esta cultura se dissolve, como gelo
debaixo do sol. Entretanto, ele viu que dentre essas três instituições, uma era
mais perigosa do que as outras, no caso, a família monogâmica indissolúvel
(homem, mulher e filhos).
Por baixo do Estado há a estrutura burguesa (o capitalismo que motiva a luta
de classes), sua subestrutura é a cultura e mais abaixo havia a Autoridade,
que, segundo ele, era uma interiorização da violência estatal, que impedia que
se discordasse do modo de produção capitalista. O “autoritarismo” impedia a
dissolução da cultura, assim, a raiz que segura a cultura é a autoridade, mas
de onde vem a ideia de autoridade? Da família.
Quando um indivíduo levanta cedo e não quer ir trabalhar, mas se lembra de
que o trabalho dignifica o homem, então, é o autoritarismo quem o faz pensar
assim. Segundo ele, o autoritarismo burguês está interiorizado nos valores, na
religião e etc., como o Estado não pode obrigar todo mundo a ir para as
fábricas, então “criou” esse terrorismo psicológico para alcançar o mesmo fim.
Como foi dito, ele acreditava que esse “autoritarismo” vinha da família
monogâmica, indissolúvel entre homem, mulher e filhos.
Logo, a família deve ser destruída, pois junto com ela, TODO o resto também
cai.
Seria Mad Max a consequência natural da utopia marxista? |
Foi pensando nisso que Horkheimer disse que o relacionamento de homem e
mulher não é natural e que esse relacionamento foi o primeiro estágio da "luta de classes". Por consequência, os teóricos críticos modernos
inventaram a Ideologia de Gêneros, onde um homem não é homem, mesmo tendo pênis
e próstata e uma mulher não é mulher, mesmo tendo vagina e ovário, mas que tudo
isso faz parte de um construto social, uma invenção social do capitalismo.
Afinal, a biologia, como conhecemos, faz parte da Teoria Tradicional, certo? Se
o mundo externo não existe, então a ciência também pode ser sumariamente
ignorada.
Assim, o obstáculo para essa
tal “configuração melhor” é o capitalismo, que promove a luta de classes, mas
que tem uma estrutura, no caso, a cultura (o pensamento ocidental) e sua
subestrutura, no caso, a escola, a religião (cristianismo) e a família
monogâmica indissolúvel entre homem, mulher e filhos.
A Teoria Crítica é ciência ou ideologia?
É óbvio que é ideologia, ficou claro isso, pois se ela substitui a
biologia, a física, à química, enfim, a ciência que conhecemos, por NADA, e
ainda afirma que a culpa disso tudo é um sistema econômico, no caso o
capitalismo (nada a ver uma coisa com outra), então só podemos concluir que a
Teoria Crítica é puro papo-furado.
Agora vamos prosseguir com a
análise da palestra.
Marcos
Nobre: A Teoria Crítica nos mostra duas tendências ao descrever o mundo
como ele é:
1ª Tendência, perenizar os
obstáculos que nos impedem de evoluir ou transformar o mundo.
2ª Tendência, potenciais de
ação que vão permitir superar esses obstáculos.
Pensador Livre: Essas são
as únicas tendências que a Teoria Crítica consegue ver em sua singela tentativa
de descrever como o mundo é (seu foco na verdade é descrevê-lo como deveria
ser): sendo que a primeira tendência se refere à Teoria Tradicional, que quer
“atrasar” o mundo, e a segunda tendência se refere à teoria Crítica, que quer
fazer o mundo “avançar”.
Segundo ele, basta isso para
descrever como o mundo é.
Se alguém já tivesse dito
isso para os homens das cavernas, quantos milênios de “retrocesso” teriam sido
evitados, né?
Marcos
Nobre: Ao mostrar como o mundo é, ela mostra como ele deveria ser, alcançar
o mundo melhor que está escrito nesse mundo presente. Ela só se confirma nas transformações
das estruturas sociais vigentes. A Teoria Crítica propõe conflitos políticos e
sociais para alcançar o melhor do mundo que está embutido nele.
Pensador Livre: Para a
Teoria Crítica, a Teoria Tradicional foi criada dentro de um contexto social
capitalista, logo, a Teoria Crítica propõe conflitos políticos e sociais (luta
de classes) para opor-se à suposta influência capitalista da Teoria
Tradicional.
Para ilustrar isso, embora o
palestrante não entre nessa questão diretamente, o chamado socioconstrutivismo
(que é a aplicação da Teoria Crítica na educação escolar) prevê “conflitos
políticos e sociais” em todas as matérias de escola, como matemática, física,
química e etc. Ou seja, ao invés de 2+2, em matemática, o aluno vai aprender sobre políticas sociais (já ouviu falar em etnomatemática?). Em biologia, ao invés de aprender sobre animais
vertebrados e invertebrados, reprodução sexuada e etc, o aluno vai aprender sobre políticas sociais, como direito ao aborto, ideologia de Gêneros, por exemplo, além do tal politicamente correto e etc.
Socioconstrutivismo. Clique aqui para ver o vídeo (é de chorar). |
Segundo Horkheimer, o criador
da Teoria Crítica, produz teoria crítica todo aquele que quer continuar a obra
de Marx.
Duas categorias de teoria
crítica:
1ª - Designa um campo teórico
anterior a Horkheimer, no caso, Karl Marx;
A verdade é temporal e
histórica, razão pela qual não pode seguir uma lista de teses.
Pensador Livre: A questão
do capital falaremos posteriormente, mas no momento vamos refletir sobre a
última frase acima. Como é possível perceber, ela não tem sentido algum, basta
levar em consideração o que é dito logo antes, pois, se a verdade é temporal e
histórica (tem prazo de validade e varia conforme determinados períodos), então
não é e nunca será absoluta, correto?
Mas e Marx?
Se a ideia é continuar a
obra de Marx, então existe uma verdade potencialmente absoluta, a qual deve
estar permanentemente ligada e submetida a Marx.
Clique aqui e descubra que existem verdades absolutas. |
Portanto, existem verdades
absolutas, como o marxismo, certo?
Assim, a afirmação de que a
“verdade é temporal e histórica” não vale quando se trata de marxismo
(malandrinho, né?).
Marcos
Nobre: O teórico crítico acompanha os movimentos históricos, e, portanto,
está sempre mudando. Se repete o que outro teórico crítico disse antes dele,
então não é teórico crítico. A ideia é romper com Marx radicalmente, ou seja,
romper com suas previsões, mas NÃO romper com seus princípios críticos.
Pensador Livre: Bem, nem
é necessário falar muito a respeito.
Ele disse romper
RADICALMENTE com Marx, certo?
Pois é, cadê o radicalismo?
Marcos
Nobre: Segundo Marx, o capitalismo organiza toda a vida social em torno
do Mercado. Entender o Mercado para entender a sociedade capitalista. O
Mercado é o centro do capitalismo, e por consequência, o centro da sociedade
capitalista. O centro do Mercado é a mercadoria. Entendendo essas coisas, então
será possível entender como funciona o poder político, a forma do Estado, os
papéis da família e da religião e assim por diante.
Pensador Livre: Para
definir mais adiante o papel do capitalismo na Teoria Tradicional, o
palestrante vai nos explicar o que é o capitalismo, começando com o parágrafo
acima.
Entretanto, a afirmação
marxista de que o Mercado é o centro da sociedade capitalista é equivocada,
pois a sociedade não é capitalista, ela pode adotar o capitalismo como uma
forma de reger sua economia, mas nunca para reger a sociedade, pois o
capitalismo é uma consequência da própria sociedade e não o contrário.
Veja bem, a estrutura social
básica mundial, capitalista ou não, em qualquer época ou cultura, é formada em
torno do núcleo familiar (célula mater de qualquer sociedade) e da
necessidade de sobrevivência de seus membros. O capitalismo é apenas a forma
mais complexa e aprimorada para garantir essa necessidade.
Tudo gira em torno do
Mercado?
Não, tudo gira em torno da
família e de sua sobrevivência, com ou sem Mercado, pois sem família, não
existe sociedade (por isso Horkheimer quer
destruí-la). A estrutura familiar básica (homem, mulher e filhos) vem antes de
qualquer forma de Estado ou sistema econômico, vem antes mesmo da própria
civilização humana. Assim fica fácil entender por que toda sociedade segue o
mesmo princípio familiar básico, sejam índios, esquimós, orientais e
ocidentais, seja na Grécia antiga, Roma ou feudalismo, pois havendo família
existe sociedade; não havendo família, não há sociedade (com ou sem Mercado).
Quanto à religião, é fácil perceber que também não está vinculada ao Mercado, razão pela qual existem diversas religiões, totalmente diferentes entre si, vivendo hoje em dia debaixo de economias capitalistas, mas que não foram criadas pelo capitalismo e existem desde muito antes dele, algumas desde a era do bronze, como, por exemplo, a religião judaica.
Quanto à religião, é fácil perceber que também não está vinculada ao Mercado, razão pela qual existem diversas religiões, totalmente diferentes entre si, vivendo hoje em dia debaixo de economias capitalistas, mas que não foram criadas pelo capitalismo e existem desde muito antes dele, algumas desde a era do bronze, como, por exemplo, a religião judaica.
Logo, não é o Mercado que
define os papéis da família, religião ou sociedade.
Essa é a paralaxe cognitiva
comum do marxismo, que é inverter os polos das coisas, pois procura atribuir ao
capitalismo as características próprias do marxismo, pois é o marxismo que
procura definir arbitrariamente o que é sociedade e assumir o controle do
destino do Homem, contrário a sua própria natureza. Aliás, como veremos
adiante, nada é “natural” para a Teoria Crítica.
Marcos
Nobre: Todo valor e crença têm de se subordinar à lógica da troca
mercantil.
Para compreender melhor isso é importante entender a
mercadoria.
Se a mercadoria é o centro,
então todo produto é apreciável, tem um valor.
Pensador Livre: Todo
valor e crença têm de se subordinar à lógica da troca mercantil, é isso?
Será mesmo?
A ideia de dar valor às coisas é uma característica humana, por excelência, pra nós sempre tem coisas que gostamos mais e outras menos, também tem pessoas que gostamos mais e outras menos. É natural (e inevitável) que essa ideia de valor, tão humana, se reflita em tudo aquilo que o Homem fizer, inclusive em questões econômicas, afinal, foi o Homem quem criou o dinheiro e não o contrário. O dinheiro existe desde antes de haver capitalismo (surgiu para facilitar as trocas que as pessoas faziam). A frase ficaria correta se fosse assim: toda ideia de valor é uma característica humana e tudo se subordina a ela, inclusive a troca mercantil.
Será mesmo?
A ideia de dar valor às coisas é uma característica humana, por excelência, pra nós sempre tem coisas que gostamos mais e outras menos, também tem pessoas que gostamos mais e outras menos. É natural (e inevitável) que essa ideia de valor, tão humana, se reflita em tudo aquilo que o Homem fizer, inclusive em questões econômicas, afinal, foi o Homem quem criou o dinheiro e não o contrário. O dinheiro existe desde antes de haver capitalismo (surgiu para facilitar as trocas que as pessoas faziam). A frase ficaria correta se fosse assim: toda ideia de valor é uma característica humana e tudo se subordina a ela, inclusive a troca mercantil.
Os marxistas tem uma
tendência de sempre retirar do Homem a sua responsabilidade em relação a várias
questões, um exemplo é tratar o capitalismo como se fosse uma entidade
autônoma, livre da vontade humana, ao invés de sua criação.
Clique e veja um documentário completo sobre Holodomor. |
Por que Stalin fez isso, se
o marxismo não se subordina à suposta troca mercantil?
Marcos Nobre também
acrescentou a Crença como subordinada a troca mercantil, taí algo que eu queria
vê-lo provar (será que está usando o bispo Macedo, esquerdista e cabo eleitoral
da Dilma, como referência?). O cristianismo vem antes do capitalismo e o judaísmo
existe desde a idade do bronze, e aí?
Apenas a economia é
subordinada à troca mercantil, obviamente, e ambas são criações humanas feitas
para facilitar a troca de excedentes de produtos que as pessoas produziam, por
outros produtos que não produziam.
E qual o problema disso?
Sejam muçulmanos, hindus,
chineses, coreanos ou soviéticos, enfim, todo mundo sempre precisou comprar ou
vender alguma coisa, o problema surge quando a maldade humana perde o controle,
como no exemplo de Stalin (marxista), logo acima.
Marcos
Nobre: Força de trabalho: a capacidade física e mental do homem para
produzir mercadorias.
No final do século XV, na
Inglaterra, uma grande massa de camponeses foi expulsa das terras que ocupavam,
sem ter acesso à terra e aos instrumentos de trabalho, foram obrigados a se
deslocarem para as cidades. Quando chegaram às cidades e encontraram as
indústrias, só podiam vender o único bem apreciável que possuíam: sua força de
trabalho.
Ao vender sua força de
trabalho em troca de um salário, tornaram-se operários, não são mais camponeses
que garantem sua subsistência, mas operários que são forçados a vender sua
força de trabalho em troca de um salário e ao usar seu salário para comprar o
que precisam, sustentando o próprio mercado industrial.
Pensador Livre: Se
retirar palavras como “forçados” ou “obrigados”, verá que o quadro não fica tão
negro.
Segundo Marx, o patrão tem
as ferramentas e o trabalhador não tem, logo, o trabalhador é um operário: uma
espécie de escravo com salário.
Será que é isso mesmo?
O capitalismo tornou comum
algo que, até então, era raro, que é a mobilidade social, ou seja, quem é
operário também pode se tornar patrão. Qualquer um que estudar e trabalhar duro
conseguirá eventualmente seu lugar ao sol, até mesmo em nosso país isso é
possível, difícil, mas possível (aqui o capitalismo não é pleno, é o chamado
capitalismo de Estado, comum em ditaduras esquerdistas, como fascismo, nazismo
e marxismo).
No socialismo essa
mobilidade social é impossível.
O desenvolvimento
tecnológico e científico (usado na medicina, engenharia e etc.), tem sido
financiado desse modo, e todos nós temos ganhado muito com isso.
Marcos
Nobre: A sociedade capitalista se divide estruturalmente em duas classes:
1. Capitalistas são aqueles
que detêm os meios de produção, os instrumentos de trabalho e que põem em
funcionamento da sua indústria com a força de trabalho que compram.
2. Proletários são aqueles
que vendem sua força de trabalho ao capitalista em troca de salário.
Como se divide o mercado
nessa sociedade dividida em classes?
Segundo Marx, o Mercado
capitalista é um poderoso mecanismo de manutenção das desigualdades. Após o
feudalismo, segundo ele, havia uma desigualdade de partida, no caso, aqueles
que tinham dinheiro se tornaram capitalistas e aqueles que nada tinham só
podiam vender sua força de trabalho. Assim, essa desigualdade de partida ficou
congelada.
Ainda segundo Marx, o
capitalismo congela essa desigualdade de partida, como também amplia essa
desigualdade, pois essa divisão de classes tende a acumular cada vez mais
riquezas de um lado e ampliar a pobreza de outro.
Pensador Livre: Existem
desigualdades sociais? Sim, existem. Surgiram com o capitalismo ou sempre
existiram? Sempre existiram, obviamente e, segundo Marx, essa desigualdade que
sempre existiu é chamada de Desigualdade de Partida, que o capitalismo, ao
invés de resolver, agravou.
Agravou mesmo?
No passado era possível ser
rico por nascença ou espólios de guerra, e só. A pobreza sempre foi o padrão da
sociedade humana antes do capitalismo, entretanto, com o advento do
capitalismo, surgiu uma nova classe social oriunda da classe trabalhadora, no
caso, a classe média. Seu nascimento foi a partir do comércio entre os feudos,
onde foi, também, o embrião do capitalismo.
Naqueles tempos (feudalismo),
havia basicamente duas classes sociais: os nobres e os plebeus, onde a riqueza
dos nobres vinha basicamente da cobrança de impostos da plebe, pois apenas os
nobres eram donos de terras. Mas o comércio fez surgir uma terceira classe
social, no caso, os comerciantes (a classe média da época). Então, pela
primeira vez, passou a existir riqueza fora da nobreza, plebeus também
começaram a fazer fortuna, sem a cobrança de impostos do povo.
Assim surgiu o capitalismo.
Ou seja, no capitalismo esse
leque de progresso individual expandiu-se enormemente gerando uma quantidade
muito maior de oportunidades para o povo. Foi assim no passado e também é assim
no presente, como nos EUA, por exemplo, que é conhecido como A Terra das
Oportunidades.
Essa desigualdade de partida
só poderia ser resolvida com o capitalismo, como ocorreu em países como: EUA,
Suécia, Noruega, Finlândia, Japão e etc., pois nesses lugares, houve, de fato,
o capitalismo, nesses lugares houve, de fato, um real combate às desigualdades.
Esse progresso individual,
que gera progresso econômico e anula, por consequência, as desigualdades
sociais, só pode ocorrer se for buscado intencionalmente, deixando o
capitalismo livre, pois aí é possível construir um país próspero e justo, como,
por exemplo, os países citados acima. Mas se a ideia é perpetuar a
desigualdade, como projeto político de poder, então basta seguir o modelo
brasileiro, onde temos um capitalismo comandado por marxistas há 30 anos
(capitalismo de Estado), de modo que a acumulação de riquezas de um lado e a
extrema pobreza de outro são planejados para que nos faça parecer que o
capitalismo não funciona e que não é justo. Ou seja, uma desigualdade social
proposital, planejada e perpetuada, para fazer parecer malandramente que o
socialismo é a resposta.
Clique aqui e veja o vídeo de um empreendedor brasileiro explicando como é difícil manter uma empresa em nosso país. |
Marcos
Nobre: O capitalismo aparece falsamente, como uma forma de oportunidades
iguais a todos, pois o Mercado aparece como uma instituição neutra, com
oportunidades de trocas de mercadorias de igual valor, de modo a haver sempre
uma troca justa.
O Mercado capitalista promete
os ideais máximos da sociedade burguesa, que são: Liberdade e Igualdade. Marx vai provar que esses ideais são falsos, pois o proletário não tem liberdade
para decidir se vende ou não sua força de trabalho, pois caso não decida
vendê-la, morrerá de fome.
Pensador Livre: Será
mesmo?
Se um indivíduo, que nasceu
pobre, resolve estudar e trabalhar muito, ele não pode vencer na vida? Mesmo no
contexto socialista brasileiro?
É evidente que pode, Sílvio
Santos, que foi camelô, está aí para provar.
No capitalismo verdadeiro,
quem luta por seu lugar ao sol, eventualmente, chegará a algum lugar.
É importante a mobilidade
social para o capitalismo, pois as distâncias econômicas entre as classes
sociais prejudicam o mercado consumidor, por isso a pobreza é ruim para o
capitalismo.
O Canadá é um país com cerca
de 37 milhões de pessoas, enquanto que o Brasil tem 200 milhões, aparentemente,
o mercado consumidor brasileiro é MUITO maior. Entretanto o mercado consumidor
canadense atrai muito mais investidores que o brasileiro, pois lá, que é
capitalista, não há pobreza, por isso sua população tem alto poder aquisitivo e
isso gera um mercado consumidor atrativo. Em nosso país, com a economia controlada pelo governo, a pobreza é a regra, logo, não há poder aquisitivo e,
por consequência, um mercado consumidor pouco atrativo.
As desigualdades sociais são
prejudiciais para o capitalismo, mas muito úteis para o socialismo.
Marcos
Nobre: Quando alguém se candidata a uma vaga de emprego, concorrendo com outros
5000, não terá igualdade na negociação, pois será apenas uma vaga para 5000
candidatos, ao invés de 5000 vagas. Assim, o Mercado não realiza essa
liberdade, mas apenas promete. A Teoria Crítica não promete uma sociedade
ideal, mas pretende realizar aquilo que o capitalismo promete, mas não cumpre.
Estrutura
da Ilusão Socialmente Necessária: o capitalismo promete essa
ilusão, mas a cada processo que se desenvolve, ele rouba essa liberdade e
igualdade.
Pensador Livre: Essa
palestra está bem dentro do pensamento esquerdista brasileiro, pois conta com o
falso capitalismo que vivemos para reforçar seus falsos argumentos. É o velho
truque de acusar os outros daquilo que
fazem.
Veja bem, o capitalismo
rouba a liberdade e a igualdade no Canadá capitalista?
Não, não rouba.
Existem liberdade e
igualdade na Coreia do Norte marxista?
Não, em grau algum.
Pois é.
Marcos
Nobre: Marx falou que não é necessário planejar sociedades ideais, basta
realizar aquilo que o capitalismo promete e não cumpre.
Pensador Livre: Não é
necessário planejar sociedades ideais?
HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ
HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ
Os marxistas não fazem outra
coisa a não ser isso!
Querem controlar tudo,
absolutamente tudo, desde o que podemos ou não falar (politicamente correto) e
chegam ao cúmulo de querer determinar arbitrariamente se um homem pode ser
homem e se uma mulher pode ser mulher, além de tirar dos pais o direito
legítimo de educar seus próprios filhos, seja em questões sexuais, morais ou
religiosas.
Essas são medidas
ditatoriais!
E o curioso é que NADA disso
tem a ver com capital, NADA disso tem a ver com economia.
Querem controlar o Homem por
completo e assumir plenamente o controle dele desde o seu nascimento até a sua
morte, seguindo uma visão de sociedade planejada, controlada e totalmente
desprovida de liberdade. Isso apenas reforça o caráter ideológico da Teoria
Crítica, deixando evidente mais uma vez que nada tem de científica.
Essa suposta ideia de
descrever o mundo a partir do que ele DEVERIA SER, nada mais é que uma
imposição arbitrária daquilo que o mundo TEM QUE SER, dentro da visão subjetiva
dos marxistas, quer as pessoas concordem ou não.
Marcos
Nobre: Para descrever o mundo como ele é, basta descrever o Mercado como
funciona.
Pensador Livre: Para
descrever como o mundo é, basta descrever o Mercado como funciona?
Nada mais fora da realidade
do que isso.
Muitos falam que o
consumismo, que é culpa do Mercado, transforma as pessoas em objetos.
Será mesmo?
O cafajeste que despreza o
sentimento de uma mulher e a trata como objeto, não faz isso por causa do
capital, mas por má índole. Semelhantemente, a mulher “vadia” (celebrada e
louvada pelas feministas em suas “marchas”) faz o mesmo com os homens, e isso
tem a ver com o capital? Não, mas com má índole também, afinal, a história nos
ensina que esse costume de tratar outros seres humanos como coisas vem desde a
pré-história (a escravidão é um exemplo).
O que isso tem a ver com o
capital? Pois é, nada!
Aí o marxista vai dizer,
então, que a ideia da busca pelo poder é que é capitalista, pois é uma
consequência do Mercado e do consumismo.
Será mesmo?
Assim que Lênin morreu teve
início uma luta pelo poder entre a principal liderança do partido comunista, no
caso Stalin e Trotsky, onde Stalin, além de matar Trotsky, mandou matar os
apoiadores de seu rival (e até quem não era apoiador, por precaução). Essa
busca por poder foi por causa do Mercado? Sendo que era um país socialista?
A ideia de luta por poder é
a máxima do comunismo, razão pela qual ninguém matou mais comunistas do que os
próprios comunistas.
Hitler, cujo nome de seu
partido era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (a sigla em
Alemão era NAZI), queria se impor ao mundo por causa do Mercado? Não, por causa
de poder, usando o racismo como justificativa. Ele aplicou ao seu racismo à
ideia marxista de luta de classes (assim como os marxistas também fazem hoje em
dia ao colocarem gays contra héteros; negros contra brancos; mulheres contra
homens, jovens contra “adultos” e etc., enfim, luta de classes).
Isso tudo tem a ver com o
Mercado? É óbvio que não, mas com a conquista do poder e a subjugação completa
de outras pessoas.
Mas nunca houve luta por
poder no capitalismo?
O capitalismo é santinho?
O capitalismo não é uma
entidade autônoma, mas dirigida por homens, por pessoas reais, assim como o
marxismo também é, por isso, também há luta por poder em países
capitalistas.
Tudo isso por causa do
Mercado?
Não, por causa da maldade
humana, pois capital, poder, racismo... Não importa a justificativa, sempre foi
pelo desejo do ser humano em querer estar acima de seus semelhantes para
subjugá-los.
Ao contrário do que alguns marxistas ainda defendem, não existe o "bom selvagem".
Ao contrário do que alguns marxistas ainda defendem, não existe o "bom selvagem".
Marcos
Nobre: Mas descrever o funcionamento do Mercado não basta para
entender o mundo, é preciso ver que o Mercado tem uma estrutura onde ele
bloqueia aquilo que promete, no caso, a liberdade e a igualdade. Aqueles que
apenas descrevem o mundo como ele é (Teoria Tradicional), os teóricos
críticos chamam de positivistas.
Pensador Livre: O que
Marcos Nobre que dizer é que os “positivistas” são aqueles que defendem a
técnica, no caso, o conhecimento técnico sem “humanidade” (ou sem “conflitos
sociais”).
Quanto à ideia de liberdade
e igualdade, mencionadas nesse parágrafo, já falamos sobre isso mais acima.
Marcos
Nobre: A Teoria Crítica fica entre Cila e Caríbdis para não afundar, ou
seja, os “positivistas” de um lado, os utópicos de outro e os teóricos críticos
no meio.
Pensador Livre: Cila e
Caríbdis são monstros da mitologia grega que afundavam navios, Cila de um lado
e Caríbdis do outro, de modo a não haver escapatória para os navegantes. Nesse
exemplo, o palestrante quer dizer que os positivistas (técnicos sem coração)
ficam de um lado, os utópicos (aqueles que planejam sociedades perfeitas) ficam
de outro e os teóricos críticos (os salvadores da humanidade) não estão em
extremo algum, mas entre os outros dois.
Bem fantasioso, né?
Marcos
Nobre: Para Marx, a liberdade e a igualdade só serão possíveis com a
abolição do capital, e essa abolição só será possível através da revolução.
Capitalismo de Estado |
Marcos
Nobre: Essa estrutura do capitalismo pode mudar através dos acontecimentos
históricos e o teórico crítico deve ficar atento a essas mudanças. Assim, o
teórico crítico deve ser capaz de produzir diagnósticos precisos, conforme
essas mudanças ocorrem. Esse fato permitiu a Horkheimer formar os princípios da
Teoria Crítica.
O capitalismo foi o primeiro
a propor uma ideia de igualdade e liberdade, mas pela sua lógica de funcionamento,
ele impede que isso se realize, assim, a Teoria Crítica propõe uma emancipação
da sociedade
para que seja de fato possível cumprir aquilo que o
capitalismo promete.
Pensador Livre: Nem é
preciso comentar muito aqui, ele admitiu que o capitalismo foi o primeiro a
propor uma ideia de igualdade e liberdade, mas jamais vai admitir que os países
que focaram sua economia no capitalismo, realmente conseguiram esse feito, pois
prosperaram economicamente e reduziram MUITO as desigualdades sociais.
Mas contra o “capitalismo”
inventaram a tal da Emancipação da Sociedade, que é nada mais e nada menos que
a imposição de uma mudança de valores (relativismo moral, cultural e etc. para
destruição das estruturas do Estado capitalista, no caso a cultura e a
família), daí que surgiram a Ideologia de Gêneros, a ideia de que bandido é
vítima da sociedade, liberação das drogas e outras pérolas que conhecemos. Mas
percebe-se claramente que essa tal Emancipação da Sociedade nada tem a ver com
capital, mas com dominação social, ou seja, poder sobre o indivíduo.
Clique e veja um exemplo de totalitarismo socialista no Brasil. |
É importante deixar claro,
porém, que o caráter ideológico que o ocidente possui, no caso, a ideologia
definida como “direitista” não vem do capitalismo, mas é o chamado Pensamento
Ocidental, oriundo da Filosofia Grega, do Direito Romano e da Religião Cristã,
é daí que vem os ideais de liberdade e igualdade que só o ocidente realmente conseguiu
alcançar, tendo no capitalismo uma importante ferramenta para esse fim.
O capitalismo é um sistema
econômico tão eficiente, que pode ser usado por qualquer ideologia, até mesmo
pelo marxismo.
Marcos
Nobre: Sem essa perspectiva de emancipação não é possível sair da ilusão do
capitalismo.
Pensador Livre: Na
verdade, a ideia não é sair do capitalismo realmente, pois economia marxista
alguma se sustenta sem ele, mas a ideia é desfazer-se do Pensamento Ocidental e
também da ciência desenvolvida até agora (Teoria
Tradicional).
Segundo Kant não existe
verdade, logo, nem a ciência pode ter o status de verdade também.
A suposta “maldade” do
capitalismo é só um pretexto para que possam justificar a criação de uma
sociedade toda nova, destruindo tudo que conhecemos.
Criaram dois personagens
míticos: Karl Marx, como se fosse São Jorge, e o capitalismo, como se fosse o
dragão.
Marcos
Nobre: 1º Princípio da Teoria Crítica: Orientação para emancipação da
sociedade.
O teórico crítico se orienta
por essa emancipação. Essa orientação permite ao teórico a efetiva compreensão
daquilo que precisa mudar.
Pensador Livre: Na
verdade, não são orientados e nem orientam emancipação alguma, mas determinam e
impõem valores novos e arbitrários para a implantação de sua nova sociedade.
Marcos
Nobre: 2º Princípio da Teoria Crítica: Para obter essa emancipação, deve-se
manter um comportamento crítico em relação a tudo que existe.
Pensador Livre: Como já
foi dito anteriormente, TUDO está em xeque, todos os pilares da sociedade
ocidental (oriental também), além de tudo que foi descoberto até aqui, enfim,
TUDO QUE EXISTE. A própria existência está em xeque, pois, segundo Horkheimer,
em sua obra Teoria Crítica e Teoria Tradicional: “para esse comportamento que é
chamado de crítico, este mundo existe, mas não deve ser aceito”.
Durma-se com um barulho
desses.
Marcos
Nobre: A ideia com isso não é meramente descrever o mundo, mas definir
suas potencialidades melhores.
Pensador Livre: A ideia é
definir arbitrariamente o que é certo, errado e até mesmo o que é real e o que
não é. Simples assim.
Marcos
Nobre: O teórico crítico não pode aceitar aquilo que é como um dado,
como algo natural, tem que tomar isso que é, como um índice do
que poderia ser, do que poderia ser, melhor.
Pensador Livre: Foi dito
anteriormente que tudo que existe é criticável, certo?
O palestrante não estava
brincando quando disse isso, pois tudo que existe (aquilo que é) não pode
ser aceito como algo natural, mas apenas como um índice do que “poderia
ser”, no caso, o que poderia ser, melhor.
A prepotência desse
pensamento é assustadora e suas consequências também.
Nada é natural?
Por isso que homem não é
mais homem e nem mulher é mais mulher, mesmo que tenham órgãos sexuais
diferentes, sistema reprodutivo, cromossomos e hormônios provando o contrário.
Você, leitor, consegue
imaginar a dimensão desse tipo de pensamento?
Pois é, a natureza está
errada ou simplesmente não existe.
Então os eco terroristas,
que são esquerdistas, lutam pelo quê?
Marcos
Nobre: O teórico vai examinar de maneira crítica tanto o conhecimento
produzido sob as condições sociais capitalistas, quanto a realidade que
esse conhecimento pretende apreender.
Pensador Livre: Entende-se
por conhecimento, tudo aquilo que o Homem produziu até este momento, no caso, a
Teoria Tradicional. Esse conhecimento, segundo ele, foi produzido em condições
sociais capitalistas. Assim, eles se acham no direito de criticar socialmente
TODA a ciência produzida até hoje. Assim, vai criticar “socialmente” a
astronomia, a física, matemática e etc.
Tudo começa e termina em
“relações sociais”, ou seja, “luta de classes”.
Absurdo!
Marcos
Nobre: A Teoria Tradicional tem como um de suas principais características
a ideia de causa e efeito, mas o que coloca essa ideia em xeque é a
sociedade, no caso, as relações humanas.
Como um cientista pode
analisar essas relações humanas se ele também é um agente dela. Como tratar um
evento social, como se fosse um evento da natureza? Ou seja, a análise do
fenômeno social, pelo cientista tradicional, não pode ser influenciada pela
análise do mesmo cientista na condição de cidadão. Então aqui surge a separação entre teoria e prática.
Mikhail Bakunin |
(Como deve ter reparado,
caro leitor, meus exemplos focam mais a Ideologia de Gêneros do que outras
“doutrinas” marxistas. Por que faço isso? Simples, apenas por ser o fator mais
fácil de perceber no dia-a-dia, mas a Teoria Crítica, como já foi dito pelo
palestrante, não se limita apenas à sexualidade, mas abrange tudo que existe).
O palestrante critica o fato
de que o cientista tradicional também é um agente social, e isso é verdadeiro,
aliás, como poderia ser diferente? Colocando um robô para fazer o trabalho
dele? Se for humano, então é um agente social.
A questão não mencionada,
porém, é que o teórico crítico também é um agente social, obviamente. Aliás,
como já vimos, ele ainda se acha no direito de criticar socialmente TODA
a ciência humana, pois todo o conhecimento humano, segundo ele, foi produzido
em condições sociais capitalistas.
Contradição marxista padrão.
Marcos
Nobre: Método Científico tradicional:
- Observação;
- Avaliação
Separar
- Domínio do conhecimento
Do
- Domínio da ação.
Se o cientista tradicional
abandona esses princípios, ele deixa de ser um cientista e passa a ser um agente
social, a investigação e valorização de seu objeto de estudo passam a ser
rigorosamente separados. Segundo Horkheimer (seguindo Marx e a Teoria Crítica),
a Teoria tradicional não é errada, mas parcial, ou seja, adapta o pensamento
à realidade, justificando, assim, o que existe.
Pensador Livre: A
crítica, no caso, é porque a Teoria tradicional adapta o pensamento à
realidade, certo? Mas se o pensamento não acompanha a realidade, adaptando-se a
ela, então vai se adaptar a que? Se a realidade é o problema, então a fantasia
é a solução?
A fantasia é bem melhor |
No parágrafo acima, onde o
palestrante diz que a Teoria Tradicional justifica o que existe, a ideia, na
verdade, é criticar o capitalismo, tratam a Ciência como se ela “justificasse”
o capitalismo e, por tabela, a luta de classes também. O teórico tradicional
não pode ser um agente social, mas para o teórico crítico, TUDO é uma questão
social.
A ciência, no caso da Teoria
Tradicional, tirou o Homem das cavernas e o colocou na Lua, trouxe avanços e
benefícios para toda a espécie humana, de modo que um cidadão médio, um homem
comum, tem acesso a médicos, dentistas, luz elétrica, sabonete, creme dental,
internet e etc., que são coisas que os reis e nobres da Renascença ou do
Império Romano nem sequer sonhavam.
Uma pessoa comum, hoje, vive
melhor do que os grandes reis do passado.
A Teoria Tradicional trouxe
evolução ao Homem em todos os níveis e a Teoria Crítica NADA tem para colocar
no lugar (a menos que possam criar outra realidade, outro universo, enfim). A
Teoria Crítica, na verdade, não é uma teoria científica, mas um instrumento
ideológico de reengenharia social, não atua em um campo de estudo específico,
mas é um método de transformação do ser humano. Se fosse apenas uma teoria,
como alega, então pegaria as supostas falhas da Teoria Tradicional e proporia
novos métodos, mas não é isso que fazem, pois, segundo eles, TUDO é criticável
e substituível, pois é fruto da sociedade capitalista que visa prolongar a luta
de classes.
Quanta besteira!!
Marcos
Nobre: Para Horkheimer a Teoria Tradicional, que pretende ser neutra,
pretende apenas descrever a sociedade, ou seja, ela termina por adaptar o
pensamento à realidade, justificando o que existe resignando-se à presente
forma de dominação.
Pensador Livre: Parece
que a realidade é um problema sério para eles.
Essa suposta resignação não
existe, o pensamento científico (Teoria Tradicional) estuda a realidade,
apontando pontos fracos e fortes, de modo a buscar uma solução para o bem estar
do Homem.
E isso foi usado pelo Homem
ao criar o capitalismo, onde em países que ele funcionou livremente, não há
miséria.
Marcos
Nobre: A presente forma de teoria (Teoria Tradicional) acaba por justificar
a divisão de classes.
Pensador Livre: É difícil
achar alguma lógica nessa afirmação. É sério, é difícil mesmo!
Marcos
Nobre: Segundo Marx, ideologia é quando ocorre a naturalização daquilo que
é histórico, no caso, o Mercado como centro da sociedade, a divisão de classes
e etc. Essa ideologia, da Teoria Tradicional, não é consciente, como se
houvessem capitalistas malvadões conspirando contra o mundo, mas essa
afirmação, de que o mundo é o que é, é uma ilusão criada pelo capitalismo.
Esse papel ideológico é
atribuído à Teoria Tradicional.
Pensador Livre: Ou seja,
o mundo não é o que é, pois nada é natural, pois o mundo externo não existe,
mas se o mundo externo não existe, então por que querem mudá-lo? Se a “práxis” é
a única coisa possível, pois é superior ao “pensar”, então por que querem
dominar a razão e a mente humana através
dessa ideologia sanguinária que é o marxismo?
Deus criou o mundo, criou a
natureza, por isso que tudo que contém neste mundo é “natural”, além de
palpável, observável e passivo de estudos. O Marxismo Cultural (Teoria Crítica
na cultura), através do relativismo (negação de qualquer ideia de “certo e
errado”), procura negar a natureza, ao ponto de colocarem-se no direito de
definir a sexualidade das pessoas e suas relações familiares, contrários a
natureza (convém deixar claro, porém, que o questionamento aqui não são as
escolhas de um indivíduo, um gay ou uma feminista, individualmente falando, mas
é questionada essa nova configuração e definição do que é o ser humano, como um
todo).
Usando o capitalismo como
desculpa, pretendem negar a ciência, que estuda a natureza, para, assim,
assumir arbitrariamente o PODER para definir o que é natural e o que não é, a
fim de justificar um controle absoluto sobre o ser humano, um controle muito
além de relações sociais, mas um controle da mente, do ser, da EXISTÊNCIA
humana em toda a sua plenitude, colocando-se no direito de dizer aquilo que o
Homem deve ser em toda a sua essência, arbitrariamente e impositivamente.
O Estado socialista tem
poderes absolutos, como se fosse uma espécie de divindade.
Diante disso, então o que o
mundo é? Ele é aquilo que os marxistas disserem que é, simples assim. Mas para
justificar esse domínio sobre a realidade, precisam de um culpado por
todos os problemas da humanidade, para assim, colocarem-se como a solução.
O capitalismo sempre foi
mera justificativa.
O capitalismo nem é uma
ideologia, pois nunca houve um “Karl Marx” para o capitalismo, pois é apenas um
sistema econômico. O marxismo, porém, é uma ideologia centrada no controle do
Homem, na dominação total do ser humano desde o nascimento até a morte, usando
o Estado para exercer essa dominação. A Teoria Tradicional, a ciência, também
não é ideológica, pois apenas tenta explicar a natureza (como o mundo é).
Se o Capitalismo e a Teoria
Tradicional não são ideológicos, então existe alguma ideologia em oposição ao
marxismo?
A chamada ideologia de
“direita” não é uma criação do capitalismo, mas o capitalismo é sua
consequência. Aliás, esse termo “Direita” é recente, pois o pensamento
“direitista”, em sua concepção atual, é, na verdade, o Pensamento Ocidental
(esse pensamento não restringe apenas ao ocidente, mas é referência em todo o
mundo). Mas o Pensamento Ocidental não surgiu do dia pra noite, pois não tinha
a configuração atual na época dos pensadores gregos, nem na época do império
romano ou do feudalismo. O Pensamento Ocidental é uma consequência de tudo
isso, sendo oriundo basicamente da filosofia grega, do direito romano e da
ética judaico/cristã. Como é fácil imaginar, esses conceitos NÃO foram criados
juntos, pelos mesmos autores, na mesma época e em concordância entre si, mas
sua junção deveu-se através das próprias necessidades do Homem, sociais ou econômicas.
A ideologia direitista foi
se desenvolvendo através de muitos séculos, de muitas mãos, por muitos pensadores,
contextos diferentes, guerras e debates, até chegar a um consenso do que seria
melhor para o ser humano. Um processo dialético, enfim: onde sempre que havia
uma tese, surgia uma antítese como oposição, dando origem a uma síntese de
ambos, que novamente se tornava uma tese em oposição a outra antítese, formando
nova síntese, e assim por diante. Ou seja, nunca foi um processo arbitrário e
impositivo, conscientemente dirigido pelo Homem (como o marxismo é), mas um
processo dialético (tentativa e erro).
Pode-se dizer que o
capitalismo nasceu naturalmente, fruto das necessidades do próprio Homem, como
uma ferramenta útil, apenas isso.
Marxismo |
É importante deixar claro,
porém, que o Homem, em essência, é mau, e leis foram criadas para o Homem
controlar a si mesmo, caso elas não existissem, nos mataríamos, daí a
necessidade do Estado.
É inegável a necessidade do
Estado para a civilização humana, entretanto, Estado algum adota o capitalismo
para subjugar o povo, pois o capitalismo tem origem no próprio povo (trocas de
produtos excedentes no Mercado). A função do Estado, assim, é estabelecer o
direito do indivíduo sobre aquilo que ele produz no campo ou na indústria,
garantindo seu direito sobre a produção, no caso do patrão; e do seu salário,
no caso do funcionário (além da liberdade para o funcionário um dia se tornar
patrão).
A vontade geral do povo é a
origem de todo o poder (Jean-Jacques Rousseau), é graças a isso que o
capitalismo existe.
Em outras palavras, na
ideologia “direitista”, não é o Estado quem define o que é um indivíduo ou o
que é uma família, pois são conceitos anteriores ao Estado, são conceitos
naturais. A função do Estado é proteger o Homem, sua família e seus bens, estabelecendo a justiça nas
relações humanas.
Conforme a concepção
direitista, não é função do Estado estabelecer o que é humano e o que não é e
muito menos definir o que é real e o que não é.
No Pensamento Ocidental, em
oposição ao marxismo, o Estado foi feito para o Homem e não o Homem para o
Estado.
Assim, o capitalismo não é o
centro da sociedade, nem define relações sociais, pois a ideia de família
surgiu junto com o próprio Homem. Também não é o capitalismo que define
sexualidade, pois o relacionamento heterossexual, como padrão na natureza, é
definido pela biologia, afinal, até gays precisam de pais heterossexuais para
nascer. O capitalismo não está relacionado a nada disso, pois caso o mundo se
tornasse gay e a família fosse realmente destruída, qual a relação disso com o
capital? Nenhuma. A URSS não aboliu o capital, nem a Coreia do Norte, a China
ou qualquer outro país comunista, pois nada, até o momento, é mais eficiente
que o capitalismo nas relações comerciais.
O capitalismo é amoral (não
possui moralidade intrínseca), pois atua conforme a moralidade ou ética
pertencente à cultura (ou sistema político) de cada povo.
Mas talvez alguém diga: a
divisão por classes existe por causa do capitalismo.
Sistema de castas indiano |
Isso é obviamente falso,
pois toda sociedade possui hierarquia, seja uma sociedade capitalista ou não,
pois essa hierarquização existe até entre índios e esquimós e é ainda mais
fechada e rígida em países comunistas. Foi o capitalismo quem trouxe a real
possibilidade de mobilização entre as classes, destruindo a ideia de castas,
que sempre foi padrão nas sociedades ao longo de séculos anteriores.
O capitalismo só pode ser
pleno se não houver uma sociedade de castas, pois essa liberdade entre
indivíduos é fundamental para o verdadeiro livre mercado (a divisão de classes
mais prejudica do que ajuda o capitalismo, pois é a prosperidade geral do povo
que garante um mercado consumidor).
Entretanto, embora a
liberdade do indivíduo seja essencial para que o capitalismo seja elevado ao
seu pleno potencial, essa liberdade não é produzida pelo capitalismo, mas pela
ideologia predominante em cada país, ou seja, o modo como o Estado funciona,
pois o capitalismo não é uma ideologia e nem um sistema político/social, como o
marxismo é.
Uma coisa deve ficar bem
clara: o capitalismo é apenas um sistema econômico, só isso!
No caso brasileiro, por
exemplo, nosso sistema político é de ideologia esquerdista (marxista) há trinta
anos e, por isso, freia e controla o desenvolvimento econômico de nossa nação
para que o capitalismo nunca seja pleno (capitalismo de Estado), para, assim,
facilitar a implantação de um sistema ainda mais fechado, no caso, o comunismo.
Nosso povo, porém, em sua
maioria, é cristão e, por isso, com forte tendência a ser conservador de
direita (mesmo sem saber), ou seja, a favor de um mercado livre e sem
intervenção estatal em assuntos como moralidade, religião e etc.
Marcos
Nobre: Seguindo toda a tradição da Teoria Crítica, ele vai dizer que a
Teoria Tradicional não é errada, mas parcial.
Pensador Livre: Tradição?
Mas não foi dito que cada teórico crítico deve ter um pensamento livre do anterior?
Marcos
Nobre: A Teoria Tradicional se resigna à presente forma de dominação. A
Teoria Tradicional acaba por justificar a divisão de classes como sendo
necessária e natural.
Pensador Livre: Isso já
foi comentado.
Marcos
Nobre: Ideologia (segundo Marx): naturalizar aquilo que é histórico, ou
seja, não é natural, mas fruto da história, no caso, o processo histórico.
O que é fruto de um processo
histórico? A divisão em classes e a ideia de Mercado, como centro da sociedade.
A Teoria Tradicional faz com que isso seja considerado como natural,
assim, a Teoria Tradicional realiza um movimento ideológico.
Pensador Livre: Segundo
ele, a divisão em classes e a ideia de Mercado são frutos de um processo
histórico que a Teoria Tradicional quer transformar em “natural”, logo, isso é
um movimento ideológico.
Pois bem, se algo que ocorre
dialeticamente, e sem imposição, como o capitalismo, é ideológico, então aquilo
que é imposto “na marra”, como o marxismo, é o que?
O socialismo é uma criação
de Karl Marx e os marxistas o querem impor a todos, goela abaixo.
Pra mim, isso é que é
ideologia.
Lenin já dizia: “acuse-os
daquilo que você é”.
Marcos
Nobre: Esse “processo ideológico” não é consciente, como se um bando de
caras maus se reunissem para enganar o povo dizendo que o mundo é assim e tal,
mas é o capitalismo quem faz isso.
Pensador Livre: Se esse
“processo ideológico” não é consciente, então como pode ser ideológico?
Se não há caras maus
enganando o povo, então como o capitalismo pode fazer isso sozinho?
Percebe-se claramente a
fraqueza do argumento.
Quem dirige o capitalismo,
então?
Se existe uma Internacional
Socialista, então por que não existe uma “internacional capitalista”?
Ninguém comanda o
capitalismo?
Se não há uma mente por
trás, então não tem como ser ideológico, certo?
Se ninguém comanda o
capitalismo, então Marx está certo em dizer que o capitalismo é um ser
autônomo, com vida própria?
É óbvio que não, pois o
capitalismo é apenas um sistema, uma ferramenta útil que qualquer ideologia
pode usar, qualquer Estado pode usá-lo e fazer dele o que quiser, pois o
capitalismo não é um ser vivo.
Uma pessoa pode usar uma
faca para cortar salsinha, mas também pode usar a mesma faca para matar uma
pessoa, nesse caso, a faca que é culpada?
Capciosamente, para os
marxistas, é como se o capitalismo fosse uma entidade consciente que age de
forma independente da vontade humana, uma entidade completamente autônoma (como
se a faca no exemplo acima tivesse vida própria).
Eles precisam colocar a
culpa em alguém, mas como o capitalismo, ao contrário do marxismo, não é uma
ideologia criada detalhadamente por alguém, então dão uma “identidade” ao
capitalismo, tratando-o como se fosse um ser consciente, com vontade própria,
porém malvado, mágico e sobrenatural.
Uma coisa que marxistas
teimam em negar é que, seja o bem ou o mal, TUDO é responsabilidade do próprio
Homem, inclusive o capitalismo ou o próprio marxismo.
Se há injustiças em alguns
países capitalistas, essa injustiça é causada pelo próprio Homem, pois o capitalismo
não define moralidade, pois limita-se a leis de mercado e nada mais, mas o
Homem é um ser moral.
Marcos
Nobre: Horkheimer, então, atribui essa suposta ideologia à Teoria
Tradicional.
Pensador Livre:
Horkheimer, que era marxista, foi o criador da Teoria Crítica, certo?
Mas a quem é atribuída a
autoria da Teoria Tradicional?
Ninguém, correto?
Karl Marx é o criador do
marxismo.
Mas quem é o criador do
capitalismo?
Ninguém, correto?
Então onde está a lógica em
afirmar que a Teoria Tradicional e o capitalismo são ideológicos?
A Teoria Crítica se
considera no direito de criticar tudo, como se nunca tivessem existido críticos
no mundo, como se todo o processo histórico da humanidade tivesse sido dirigido
por algum ditador desconhecido e sobrenatural.
Nem Deus se intromete tanto
assim.
Mas o marxismo, como
sabemos, se considera no direito de REGER o mundo, de determinar ao homem o que
é certo ou errado e o que é real e o que não é.
Mas afirmam que o marxismo
não é ideológico, né?
Apenas idiotas úteis (usando
um termo criado pelo próprio Lênin) é que acreditam nisso.
Marcos
Nobre: O capitalismo é um sistema social que tem como centro organizado o
Mercado. A produção de mercadorias é o foco onde se estrutura essa sociedade.
Pensador Livre: O foco,
de toda a sociedade é a família e sua sobrevivência, seja nas sociedades
industrializadas, índios, aborígenes e etc. Entretanto, como é impossível
produzir tudo que se precisa, então surgiu o comércio.
NINGUÉM IMPÔS ISSO!!!
O núcleo familiar é apenas
uma característica do modo de vida humano, que é, aliás, semelhante a de muitos
outros mamíferos também.
O mercado só surgiu para
facilitar a vida, mas a estrutura básica da sociedade se mantém com ou sem
capitalismo.
O marxismo, ao querer
alterar as relações sociais humanas, quer, em verdade, mudar o íntimo do Homem,
transformando-o em outra criatura, algo fora de sua própria natureza.
Só pra ficar mais clara essa
questão de “mudança nas relações sociais”, que o marxismo promove: segundo
eles, o capitalismo é a estrutura que sustenta a ideia de Estado, pois a
anulação do Estado seria o estágio posterior ao comunismo, o chamado
Anarquismo. Todos os regimes comunistas falharam ao destruir a estrutura do
Estado (se é que realmente tentaram, pois o endeusamento do Estado, na prática,
é que tem sido o objetivo final deles). Segundo Horkheimer, havia uma
subestrutura que precisaria ser destruída antes do capitalismo: essa
subestrutura é a cultura, pois assumindo o controle apenas do Estado, ainda
ficariam livres as universidades, as artes, a imprensa, o direito e etc., então
essa subestrutura também precisaria ser destruída, entretanto, mesmo destruindo
a cultura, ainda assim, não conseguiriam seu “mundo melhor”, pois existe algo
pior que a cultura, o pilar principal, que dá suporte à cultura, que é, no
caso, a família patriarcal, monogâmica e indissolúvel.
Resumindo, até os marxistas
admitem, que o centro da sociedade capitalista não é o Mercado, mas a família.
Por ser a base da sociedade, é a família quem sustenta a cultura e o próprio
capitalismo garantindo a existência do Estado. Se você destrói a família, então
destrói simplesmente TUDO.
Mas uma coisa intrigante é
que querem destruir tudo, com a justificativa de destruir o Estado, mas na
prática, não querem destruí-lo realmente, nunca houve esforço algum pra isso,
mas é uma justificativa excelente para a destruição da cultura e da família (e
estão, aliás, fazendo um excelente trabalho nesse caso).
Não querem destruir o
Estado, mas reformulá-lo, transformando-o em uma espécie de divindade, com
plenos poderes sobre o Homem em toda a sua essência.
Marcos
Nobre: Se o capitalismo é uma forma social que tem como centro organizador
o Mercado, nós temos que reconhecer, antes de mais nada, que a produção de
mercadoria é o foco, a partir do qual se estrutura essa sociedade, por exemplo.
E essa organização da sociedade, em função da produção de mercadorias e do
lucro, estrutura a sociedade capitalista em classes, desse modo, qualquer
concepção de ciência, como um dos momentos dessa sociedade produtora de
mercadorias é, da perspectiva crítica, parcial. Ela não vai compreender
a si mesma.
Qual a natureza do conhecimento
que estou produzindo? Essa é a natureza da Teoria Crítica: conhecer a si
mesma.
Pensador Livre: É óbvio
que isso é falso, pois o capitalismo não é uma “forma social” e nem define
qualquer concepção de ciência, por acaso o astrônomo que estuda uma supernova
em Alfa Centauro está promovendo a “dominação” do capitalismo?
Políticas sociais da Esquerda |
Marcos
Nobre: A Teoria Tradicional não vai questionar uma sociedade produtora de
mercadorias, pois julga que estará ultrapassando a fronteira do conhecer em
direção do agir.
Pensador Livre: Isso simplesmente não tem
sentido, a Teoria Tradicional tirou o homem de dentro das cavernas e o colocou
na Lua, de que fronteira ele está falando?
Marcos
Nobre: Mas o teórico crítico dirá que se não colocar esse problema, então
não vai entender o mundo como ele é, como realmente funciona e não como você
acha que ele realmente funcione.
A Teoria Tradicional ao
ignorar as influências sociais e históricas na produção de conhecimento, ela
ignora também, ao supostamente dizer-se objetiva e sem valoração, ela ignora,
sem perceber o caráter de classes na sua produção de conhecimento. Não na forma
do cientista ser imparcial em sua busca por conhecimento, mas pelo fato de que
ele próprio é um agente social.
Pensador Livre: Se existe
ação humana envolvida, então existe ação social, certo? Se isso é ruim, então
por que o marxismo adota o nome de “socialismo”?
Marcos
Nobre: A produção científica tradicional é parcial.
Aparência é ilusão, assim
como o capitalismo é ilusório, onde promete igualdade e liberdade, quando sonha
isso tudo na prática.
Pensador Livre: É um
sonho ilusório que se tornou real na Noruega, por exemplo. E aí? Lá existe
igualdade e liberdade e não há pobreza, por exemplo. Na união soviética, porém,
não havia liberdade, igualdade, havia muita pobreza, além de 100 milhões de
mortos, assassinados pelo seu próprio governo e em tempo de paz.
Como a Teoria Crítica
explica isso?
Além dessa evidente
contradição, há ainda outras que o palestrante não responde, por exemplo, ele
diz que não pode separar o pensar do agir, mas a Teoria Crítica, só critica, ou
seja, só fala, mas não age, afinal, qual proposta a Teoria Crítica possui, além
de apenas criticar a Teoria Tradicional? Até agora, nenhuma proposta. Ele
também diz que o cientista tradicional não pode ser imparcial, pois é um agente
social, mas como o teórico crítico resolve esse problema? Como vimos no início,
o teórico crítico, além de não resolver esse problema, ele o agrava ainda mais
ao reduzir TUDO a questões sociais.
Pra finalizar esse assunto,
ele insiste em dizer que o capitalismo é ruim e, por isso, a Teoria Tradicional
também é.
Mas o que uma coisa tem a
ver com outra?
Pois é, nada, afinal,
ciência é uma coisa e sistema econômico é outra. Além disso, o capitalismo não
é mau, mas os homens é que são maus, pois se os marxistas (homens bem
malvados), que mandam em nosso país, deixassem o capitalismo florescer, então
haveria igualdade e liberdade em nosso país, como ocorre nos EUA, por exemplo,
que tem um território maior que o brasileiro, além de 150 milhões de pessoas a
mais, e mesmo assim, é
um sucesso
econômico e social.
Clique a veja o vídeo onde o deputado russo Vladimir Zhirinovisky explica como o comunismo matou 100 milhões de russos. |
Marcos
Nobre: A ideia, no fundo, segundo Horkheimer, é dar à Teoria Tradicional a
consciência concreta de sua limitação, sobre seus pressupostos supostamente
neutros, mas na verdade, valorativos, ou seja, divisão de classes.
Pensador Livre: É
interessante ver Marcos Nobre colocar a Teoria Tradicional como culpada por
tudo, em momento algum, porém, ele consegue provar a veracidade disso, ou seja,
é uma afirmação completamente desprovida de fundamentação.
Marcos
Nobre: O objetivo é que a Teoria Tradicional possa superar a sua função de
mera legitimação da dominância, que é assumido por ela desde o momento em que
se colocou na posição pretensamente objetiva e neutra.
A Teoria Crítica não se comporta
criticamente apenas em relação ao conhecimento produzido sob condições
capitalistas, mas igualmente em relação a própria realidade capitalista.
Pensador Livre: Ou seja,
não há teoria, nem há ciência de fato, só a crítica, só a ideologia marxista é
que importa, sem contar que essa crítica é toda fundamentada em algo ilusório e
fantasioso, que é a ideia de que a Teoria Tradicional é a principal ferramenta
de dominação usada pelo capitalismo, que é, pelo jeito, um ser vivo, autônomo,
consciente e malvado, que quer dominar o Homem, esse coitadinho.
Ao desvincular o Homem de
sua natureza maldosa, então a maldade humana passa a ser um item ideologicamente
manipulável e de utilidade prática, onde os marxistas podem apontá-lo para
quem quiserem definindo arbitrariamente quem é mal e quem não é, conforme a
necessidade do momento. É por isso, por exemplo, que só há maldade no homem e
nunca na mulher; só no hétero e nunca no gay; só na polícia e nunca no bandido,
só no branco e nunca no negro e etc.
O ser humano, como espécie,
independentemente de sexo ou raça, é mau, a prova suprema da maldade humana é o
próprio marxismo, cuja ideologia matou mais pessoas do que todas as guerras que
já existiram, mais que todas as pragas, só perde para o Dilúvio (não sabemos quantas
pessoas viviam antes do Dilúvio, logo, em teoria, o marxismo tem potencial para
ganhar até dele).
Marcos
Nobre: Esse comportamento crítico tem sua fonte na orientação para a
emancipação, ou seja, a Teoria Crítica vai interpretar todas essas rígidas
distinções da Teoria Tradicional, agir e conhecer, teoria e prática, como
indícios dessa incapacidade de concepção tradicional de compreender a realidade
no seu todo.
O comportamento crítico se
torna possível, porque ele é fundado na orientação para emancipação da
sociedade. A sociedade capitalista só se torna discernível à luz de uma
sociedade emancipada. O mundo como ele é, a sociedade capitalista e o
conhecimento oriundo dessa sociedade de classes, só pode ser conhecido dentro
do ponto de vista crítico (conhecido ou inventado?), porque a
perspectiva do capital vai limitar e encerrar a análise ao nível da aparência,
ao nível de uma promessa de realização da liberdade e da igualdade, que é
real, através do extraordinário desenvolvimento técnico do capitalismo (admitiu,
né?), e ilusória porque ela é negada cotidianamente pelo funcionamento
concreto dessa forma de organização, que segundo Marx, perpetua as
desigualdades.
Faz Teoria Crítica, todo
aquele que aceita esses dois princípios fundamentais:
1. A orientação para
emancipação da sociedade; e
2. Comportamento crítico em
relação ao conhecimento produzido na situação de dominação vigente em relação à
própria realidade que esse conhecimento pretende apreender.
Pra finalizar, um modelo de
Teoria Crítica:
Tolerância e elogio na
pluralidade de modelos críticos, por isso, a ideia de escola é tão redutora.
O campo da Teoria Crítica é
amplo/vasto e aceita todo aquele, dentro desses dois princípios, que aceitem
fazer Teoria Crítica.
“O campo da
Teoria Crítica tem que ser amplo, mas a partir de dois princípios fundamentais:
orientar para a emancipação e manter o comportamento crítico”. Marcos
Nobre
Pensador Livre: O próprio
palestrante afirma que a ideia de liberdade veio do capitalismo, então o que
seria uma sociedade emancipada marxista?
Concluindo, a Teoria Crítica
visa tirar do Homem a sua busca pela verdade e consequentemente a produção de
conhecimento que isso gera. Tem na imbecilização do Homem sua maior esperança,
sem contar que destrói totalmente a ideia de realidade.
A Teoria Crítica visa a
destruição de toda a ciência humana, e pretende fazer isso reduzindo tudo a
“relações sociais”. É fácil perceber que isso é completamente absurdo, mas, por
incrível que pareça, muita gente acaba se deixando levar por essa suposta
teoria científica, que nada mais é do que dominação e controle social.
Essa teoria é dominante nas
universidades e escolas de nosso país, hoje em dia.
Como último exemplo, a
jornalista, física e matemática marxista americana Margaret Wertheim, disse: “Como
muitos outros campos, a matemática está se tornando menos a busca
por verdades últimas do que um projeto movido por negociações
entre os participantes.”.
Corromperam até a
matemática, onde a busca pela verdade não interessa mais, mas a sua interação
social.
2+2 não é mais igual a 4.
Christian Brito.
Quem é Marcos Nobre?
À época da gravação da
palestra, ele era Professor de filosofia da Unicamp e coordenador do programa
de pós-graduação em filosofia do IFCH/Unicamp, pesquisador do Cebrap e do CNPQ.
Também é autor de A dialética negativa de Theodor W. Adorno
(Iluminuras/Fapesp), Lukács e os limites da reificação, e coautor de Conversas
com filósofos brasileiros.
Essa palestra foi gravada
no dia 17/11/2003, no auditório da CPFL, e transmitida pela TV Cultura.
Tem no YouTube, bem aqui:
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É quase que inacreditável como conseguem sempre distorcer a verdade. Uma "teoria sem base nenhuma, sem sequer uma explicação do que realmente é surge com um discurso até persuasivo (se você for muito, mas muito leigo), e que consegue por mais incrível que pareça levar pessoas por muitas vezes esclarecidas a acreditarem que é algo bom.
ResponderExcluirUm discurso bonito, bem falado, com alguém que "se identifica" com o povo, alguém detentor da verdade, uma verdade que mais ninguém possuí,leva muitos a crerem e até mesmo defenderem uma ideia que não faz o menor sentido olhado a luz das evidencias. A ideia da teoria critica é simples, acabar com tudo que construimos com o passar do tempo. O mundo como ele deveria ser, uma visão diferente, uma outra forma de ver o mundo, sabemos que por fim a intenção real dos defensores de tal teoria, o tempo passa e cada vez mais tendem uma forma novo de estabelecer o socialismo, claro que nada realmente novo pois as ideias são antigas mas colocadas em prática como se fossem de agora, uma teoria que não tem nenhuma estrutura científica, filosófica, não tem uma fundamentação sequer mas que visa questionar o que é o mundo através do que o mesmo deveria ser, isso é bem mais que inútil, é questionar o porque de 2+2+ ser igual a 4, dizer que deveria ser 5 ou 6 sem nenhum critério.
não sei se me impressiono mais com a cara de pau dos defensores de tal ideia ou daqueles que a ouvem e cogitam que seja algo bom ou até mesmo certo.
como disse John lennox: "O que tudo isso nos mostra obviamente é que besteira permanece besteira mesmo quando é falada por cientistas mundialmente famosos."
Concordo contigo .
ExcluirAo mesmo tempo que vc diz "É importante deixar claro, porém, que o Homem, em essência, é mau, e leis foram criadas para o Homem controlar a si mesmo, caso elas não existissem, nos mataríamos, daí a necessidade do Estado." também cita que A vontade geral do povo é a origem de todo o poder de jean jacques rousseau. Há nesse caso uma incongruência argumentativa, pois a base das suas conjecturas contradiz o referencial teórico que tenta utilizar. Ao longo de texto texto comete esse equívoco. Te aconselho a estudar um pouco mais o assunto.
ResponderExcluirOlá, Ricardo!
ExcluirObrigado pelo comentário, mas creio que não entendeu o que eu quis dizer, pois as duas afirmações que você afirma haver incongruência, na verdade concordam entre si.
O Homem é mau, logo, precisa de leis para se proteger. O Homem é o povo, correto? Se é o Homem quem cria as leis, então a origem de todo o poder é o próprio Homem? Ou seja, o povo, certo?
Qual a incongruência?
Haveria contradição se o Estado fosse a origem de todo o poder (ou melhor dizendo, a elite que controla o Estado). Em momento algum eu atribuo esse poder ao Estado (ou sua elite), na verdade, meu objetivo é criticar o marxismo por querer fazer isso.
Entendi o que vc quis dizer, mas toda o seu silogismo parte de conjecturas inapropriadas ou falsas:
Excluir!- "o Homem, em essência, é mau" Por quê?
2- "A vontade geral do povo é a origem de todo o poder de Rousseau" Sim, mas a vontade do povo nunca é una e, por isso, há a necessidade do EQUILÍBRIO, preconizado pelo filósofo quando aborda a natureza (physis) humana.
O Estado que vc está imaginando pode ter como base outros autores, menos Rousseau. Sem contar, por óbvio, q ele jamais concordaria com a ideia de que o Homem é mau, daí a sua incongruência.
E por último, a qual ideia de Estado vc está se referindo? A vontade do povo deve ser filtrada pelas instituições republicanas, Estado Liberal; O Estado pode deter o controle dos corpos e da sexualidade, Fascista e Nazista; Controlar todo sistema econômico e social, Comunista, etc etc etc.
Sim, o Homem, em essência, é mau.
ExcluirQual a dúvida?
Hobbes já dizia que o homem é o lobo do homem.
Então eu deveria citar todo o pensamento dele para justificar isso?
Não, não preciso.
Não é necessário filosofia alguma para perceber isso, basta ter vivido um pouco.
Uma criança não precisa aprender a bater em seu amiguinho ou a mentir para sua mãe, ela já sabe isso, ela precisa aprender a não brigar e a não mentir.
Se não existissem leis, polícia, prisão e etc, o mundo seria melhor? Todo mundo seria bonzinho?
Na ausência de Deus, da Fé, da Moral, da Ética, da Lei, da Polícia, da punição, do Estado..., quantos não cometeriam estupros, assassinatos, roubos? Antes de sermos um ente racional, existe dentro de nós um ser “primitivo”, “instintivo” e “amoral”. Essa é a realidade de todas as pessoas.
A Polícia, Moral, Ética e etc, são necessários para impor FREIOS a uma força animal que existe dentro de nós, é isso que nos obriga a ser bons.
O ser humano é uma máquina natural movida por desejos e altamente egoísta.
Sim, o Homem, em essência, é mau.
Em relação a Rousseau, sim, a vontade geral do povo é a origem de todo o poder, concordo com a frase, mas isso não me obriga a concordar com todo o seu pensamento. Para ele o homem nasce bom, correto? Discordo disso. Concordo apenas com a frase, por isso citei.
Isso é algum problema?
Em relação ao Estado, é necessário para cuidar e proteger a sociedade, mas não para controlá-la. Sexualidade e família, vida provada, em fim, não cabe ao Estado reger.
É assim que eu penso e ficou claro no texto.
O meu texto sobre Teoria Crítica é bem simples, não entendo por que problematizar tanto, com questionamentos que na verdade não possuem nexo algum.
Você mencionou uma incongruência que não existe, é apenas uma questão de terminologia, só isso.
O que resta agora?
Não se trata realmente de conjecturas “falsas” como você alega, sua opinião é diferente, apenas isso.
Então, vc cita Hobbes no comentário mas não no texto. Minha crítica se baseia no que vc escreveu, nada mais. Eu não posso fazer uma colcha de retalhos teóricos com ideias que, em essência, se contradizem. E sim, a conjectura é falsa se vc não cita à fonte inspiradora da sua hipótese. Mas ok, nada pessoal.
ResponderExcluirComo eu falei, é uma questão de opinião e não de conjecturas, como você afirma. O texto, antes de tudo, é a minha forma de pensar e não de Hobbes ou qualquer outro, daí o nome do blogue.
ExcluirAté mais.
Ok, então.
ResponderExcluirLi seu texto e percebi quão confuso ele é. Com certeza deve ter reparado que mistura vários autores que, em essência, discordam entre si. Sua opinião não pode por palavras nas bocas de pensadores tão importantes assim, do nada. Se.vc quer criticar a esquerda ou algo assim, na boa, aconselho vc a estudar um pouco mais sobre o assunto. Enfim, pense nisso.
ResponderExcluirVocê é esquerdista, correto? E como é costume de vocês, afirma coisas sem qualquer argumentação comprobatória. Se estou errado, então mostre os erros. Onde estão? cadê?
ExcluirOra, o próprio Ricardo acima já apontou alguns erros básicos. Não percebeu?
ResponderExcluirPercebi e respondi, não percebeu?
ExcluirNão respondeu não. Sua opinião não pode distorcer teorias. A não ser que você fosse um estudioso destas teorias e tivesse descoberto algo novo, situação que, visivelmente, não fez. No próprio comentário o Ricardo mostra sua falta de lógica,releia-o!, e voce recorre a máxima 'é minha opinião'. Com o devido respeito voce não pode criar interpretações sobre Rousseau (sociedade) e Hobbes (Estado) sem citar a fonte, tampouco forçar uma concordância retórica inexistente. E, por fim, me chamar de esquerdista tb é falta de originalidade, pois deve acreditar que esteja me agredindo. Seu texto não é ruim, apenas intelectualmente desonesto. Continue a escrever sobre achismos cristãos, quem sabe alguém passe a acreditar na sua meditação no vazio.
ResponderExcluirNão viaja, colega! Eu não citei esses nomes em meu texto, eu citei apenas na minha resposta acima, quando quis comparar a minha opinião com a de um pensador conhecido. As citações em meu texto todas vem com seus respectivos autores. Achismo cristão? Onde eu falei sabre cristianismo ou fé cristã nesse texto? Onde? O único intelectualmente desonesto aqui é você.
ExcluirMeu amigo, você é um pensador livre mesmo, livre à ignorância. Seu direito, é constitucional. Em seu texto você atribuí uma frase ao Lênin que ele nunca disse. De certo falta o básico pra você. Cheio de conclusões a partir das vozes da própria cabeça.
ResponderExcluirOutro esquerdista ofendidinho, e como de costuma, sem nada de relevante a dizer. Além de uma gramática sofrível.
ExcluirTive a paciência de ler seu texto... sei não hein, a gramática sofrível não é exatamente a minha. Mas, fazer o quê?, creio que você seja formado em gadês. E mais: por que apagou alguns comentários? E sim, caro lunático, seu texto carece de coesão, coerência e lógica argumentativa. Ps. Usa-se "por que" separado no início das perguntas. Por exemplo: Por que você, mesmo tendo mais de 50 anos, não é casado?
Excluirkkkkkkkk É sempre a mesma coisa com esses esquerdistinhas, é sempre a mesma coisa. Estou errado? Onde? Cadê? Por quê? (viu? Escrevi certo, kkkkkk). Nada do que foi dito é relevante, não provou coisa alguma e nem acrescentou coisa alguma, como de costume. Você deve ter muito tempo livre para perder falando besteiras. A propósito, não apaguei comentário alguma, essa é outra característica de esquerdistas, gostam de mentir. Notei que parece que está cheio de tesão por mim, pois mesmo sem ter NADA de relevante a dizer, está sempre aqui. Cara, não sou esquerdista, gosto de mulher (e ainda estou longe dos 50 anos).
ExcluirEita!!! Acertei na mosca!Menos de 50? Rapaz, parece não, a vida foi cruel contigo.
Excluirkkkkkkk Quanta bobagem, Deus do céu!
ExcluirPensador Livre,
ResponderExcluirVocê é um bosta. Minha crítica é embasada no fato de que você é um bosta mesmo.
Um chute no seu crânio com carinho,
Saci de Patinete
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirEssa é a intelectualidade esquerdista.
É impossível conseguirem argumentar além disso.
É humilhante, na verdade.
Gracias libre pensador me encanta leerte, creo q eres elocuente con lo que escribes. Sigue adelante q la izquierda siempre echará barro a quienes no piensen como ellos.
ResponderExcluirGracias pela visita e pelo comentário. Seja Bem-vindo!!
Excluir