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quarta-feira, 24 de março de 2021

Porque a Esquerda teme a meritocracia?


 


Olá, amigo leitor! Tudo bem?


Como você está?


Está bem confortável lendo este texto? Espero sinceramente que sim.


Espero também que não se sinta culpado ou incomodado por esse conforto, principalmente se for fruto de seu trabalho, ganho com o devido mérito.


Mas talvez você me diga: “Mérito? Não aprovo injustiças sociais, como o que a meritocracia promove, mas a luta, sem medir esforços, em atender ao menos favorecido”.


Ui!! Calma! Então todos recebem favores, sem mérito, de modo a haver o menos e o mais favorecido, é isso?


Mas…Será mesmo?


O que seria de nós sem a Esquerda, talvez você diga.


Então lhe pergunto: “e se, caro leitor, a injustiça social for fundamental para a manutenção da Esquerda?”


Podemos fazer uma brincadeira? Uma brincadeirinha de “faz de conta”, tudo bem?


Nossa historinha começa assim: Imaginemos, caro leitor, que uma empresa privada multinacional, capitalista obviamente, resolvesse criar uma cidade perfeita, onde seriam selecionados ao redor do mundo, para morar lá, apenas os indivíduos de maior capacidade intelectual, ou seja, o critério seria o mérito cognitivo.


Mas aí, caro leitor! Acontece algo inusitado.


Duas pessoas de nosso lindo e maravilhoso país foram escolhidas.


Você, privilegiado leitor, que está confortável diante desse computador (ou iPhone) neste momento, foi um dos selecionados para essa cidade utópica, esse paraíso na Terra.


Legal, né?


Mas também acontece outro fato, no caso, algo indesejável.


Um amigo seu, que estudou com você, um cidadão de classe média alta, antenado, que ouve Caetano Veloso e Chico Buarque, que vai às melhores baladas, tem aquele carrão importado e faz discursos inflamados a favor dos “menos favorecidos” nas redes sociais e tal.


Pois bem!



Estranhamente ele não foi escolhido e, pasme, ao invés disso, foi escolhido um sujeito pobre e com poucos estudos, um desses “menos favorecidos” que ele diz defender.


Ele obviamente ficou revoltado, afinal, como isso é possível?


Foi escolhido um favelado, um garoto que não usa drogas e gosta de ficar horas lendo, quando não está trabalhando de menor aprendiz em uma serralheria.


Você consideraria, sinceramente, esse fato como uma injustiça contra seu amigo?


Talvez você diga: “Claro que é uma injustiça, afinal não iriam para essa cidade apenas os mais inteligentes?”.



Mas olhe só que interessante, amigo leitor: você percebeu que essas diferenças que mostrei entre seu amigo e o favelado, na verdade, são diferenças sociais e não intelectuais?


Ou não percebeu?


O critério usado para a seleção é o intelecto, o mérito cognitivo.


O favelado, se bem preparado e instruído, poderia evoluir muito, mas talvez seu amigo “socialmente consciente”, que mora em um apartamento de um milhão de reais, não tivesse essa mesma capacidade latente.

Mas aí, você diz: “Discordo completamente, meu amigo fala inglês, tem diploma universitário, assiste Netflix, TV a cabo e tem consciência social, doou uma cesta básica há uns três anos para uma igreja, que ajuda alguns necessitados na comunidade onde esse favelado vive. Quem esse garoto pensa que é? Mal concluiu o ensino médio, é pobre e assiste a Rede TV. É provável que nem saiba quem foi Karl Marx ou mesmo Felipe Neto!”.


Aí é que está, amigo leitor! A condição social “favorecida” de seu amigo não lhe garante necessariamente um “favorecimento” cognitivo.


Talvez apenas falte polir esse diamante bruto (o favelado), enquanto o “descolado”, seu amigo, nada mais tem a oferecer, pois tudo o que ele possui é apenas isso que você falou dele e mais nada, ou seja, é limitado.


Mas fique tranquilo, vamos mudar nossa história, em vez de uma empresa capitalista fria, sem sentimentos, que valoriza apenas o mérito individual (neste caso o mérito cognitivo), vamos mudar para outro contexto.

Agora fica sendo assim: suponhamos que cada país fosse incumbido dessa tarefa de escolher indivíduos superinteligentes de sua população, ao invés da empresa privada anterior. Suponhamos ainda que foi a ONU que resolveu criar essa cidade perfeita.


Como em nosso país a elite é formada, em sua maioria, por pessoas com consciência social, progressistas, então seu amigo “descolado” poderá ter alguma chance.


Essa seleção, então, seria feita por pessoas de nosso país, que, como você sabe, não há hipocrisia por aqui, mas só gente honesta e bem-intencionada.


Como você, caro leitor, imagina que essa seleção seria feita?


Talvez você diga: “com certeza pelo Estado, através de universidades como a USP ou UFRJ, por exemplo”.


Acertou, de fato seria assim, mas realmente seriam justos em suas escolhas?

Aí você me fala: “claro que seriam, pois exigiria um trabalho imparcial, preciso e justo, que só cientistas podem fazer.”.


Que bom, fico feliz quando vejo pessoas com fé no ser humano, isso é muito bom! Mas, infelizmente, algumas vezes, imaginamos o homem (principalmente os cientistas) como uma máquina sem sentimentos, um robô sem emoções ou preconceitos. Um cientista é humano como nós, sujeito ao mesmo tipo de coisas que nós somos, pois são pessoas comuns e não deuses. Pessoas comuns que erram, se enganam e também tem suas preferências e preconceitos, ou não é assim?


Você acha que não, caro leitor?

Canal hipócritas, clique na imagem.

Você acha que um cientista não seria levado a considerar aspectos de sua preferência também? Principalmente em uma universidade pública, onde o compromisso com resultados não é tão relevante, como seria com pesquisadores da iniciativa privada, afinal, esse cientista também ficaria contente em ver seus semelhantes por lá, não é? Você não acha, por exemplo, que um especialista da USP ficaria mais contente em ver um “antenado” de classe média alta por lá do que um favelado?


Quem não gostaria de ter ao seu redor gente de seu próprio nível social?


Você não gostaria?


Conhece alguém que não gostaria?


É evidente que a tendência desses cientistas seria escolher pessoas assemelhadas, de sua casta, e que defendam os mesmos valores e a mesma ideologia. Assim, apenas “gente esclarecida”, como dizem, seriam selecionadas para essa cidade.


Esclarecidas como seu amigo obviamente. Ele teria grandes chances de ser escolhido ao invés daquele favelado ignorante.


Talvez nem você fosse escolhido.



Mas… e se o critério intelectual fosse substituído pelo critério social nos outros países também (tendência mundial de hoje em dia, aliás), então, por consequência, entre os eleitos dessas nações haveria gente de baixa capacidade cognitiva (pouca inteligência) também. Ou seja, no final, essa cidade utópica ficaria igual a qualquer outra, pois haveria estupidez por lá também (pelo menos, haveria consciência social, pois sempre teria alguém xingando muito no Twitter).


A pobreza é uma benção, como diz a Teologia da Libertação, por isso, o pobre, como um ser abençoado, continuaria a ser defendido contra os perigos do capitalismo para que não perca a sua bênção (bênção essa, que não inclui o privilégio de ir para nossa cidade especial, obviamente).

O que seria dos pobres sem a elite esquerdista para defendê-los?


Assim, concluímos que, nesse contexto acima, o critério intelectual jamais seria respeitado inteiramente, mas os critérios sociais é que prevaleceriam, pois socialistas pensam socialmente, não é?


O que podemos entender disso tudo?

Sistema de castas indiano

Já reparou, caro leitor, que em nossa cultura é blasfêmia dizer que existem entre os “esclarecidos” gente menos “favorecida” cognitivamente? Mesmo com diploma superior? E que é igualmente blasfemo dizer que entre os menos “favorecidos” pode haver pessoas com potencial cognitivo relevante? Esse tipo de pensamento pode ter sua origem ainda na época do império, quando havia nobreza e plebe e também na época do governo militar, quando o povo era hierarquicamente inferior aos militares, mas também é mantido hoje, mas com outras motivações, como os cientistas na historinha acima nos demonstraram.


Vamos entender.


Mérito
Essa visão discriminatória é, obviamente, uma visão extremamente limitada do ser humano, pois existe todo tipo de gente em todos os níveis sociais, não é? Entretanto esse critério social é, na verdade, um tipo de sistema de castas, que a elite progressista afirma combater, mas que efetivamente garante sua manutenção, dividindo o povo entre os de “sangue azul” e a “plebe”, por isso o mérito individual não pode ser reconhecido, pois destruiria tudo, assim, a meritocracia deve ser combatida.


Os últimos trinta e tantos anos de socialismo, que temos sofrido, tem garantido a manutenção dessa divisão por classes em nosso pensamento sociológico, mas isso nada tem a ver com o capitalismo, como dizem.


O povo em geral, o trabalhador, não grita “Lula Livre!”, já reparou?


Como eu disse, isso nada tem a ver com o capitalismo, é importante que isso fique claro, pois o capitalismo clássico, de livre mercado, nunca existiu em nosso país, pois essa forma de capitalismo valoriza o mérito individual acima de tudo, afinal, estupidez produz incompetência, logo, não dá lucro. O que temos em nosso país é o chamado Capitalismo de Estado, uma criação marxista, que foi usada na URSS e também na Itália fascista de Mussolini, como também na Alemanha nazista de Hitler e nos demais países socialistas/comunistas (o socialismo, como sistema econômico, nunca funcionou em lugar algum. Só funciona como ideologia de controle social).


Nos países da Escandinávia, onde praticam o capitalismo de livre mercado, praticamente não existe pobreza, pois a prosperidade do povo garante um mercado consumidor, assim, se o povo tem dinheiro, então o país é rico. O Capitalismo de Estado, entretanto, é sustentado


principalmente por impostos, logo, a prosperidade do povo não é relevante, assim o país é rico (os integrantes do governo), mas o povo não. Por essa razão, a divisão em classes sociais é útil ao socialismo, mas não ao capitalismo, como nossa esquerda caviar quer nos fazer pensar, pois é importante manter o povo pobre e ignorante para que fique mais fácil de ser controlado, assim, garantindo que essa realidade não mude.


O cenário atual nada tem a ver com a fantasiosa luta entre trabalhadores e patrões, mas é uma luta pela consciência das

Teoria de controle social, clique na imagem

pessoas, controle social, uma luta cultural e ideológica, com o fim de consolidar uma elite local progressista (socialista) controlada por uma elite mundial metacapitalista.


Essa elite local progressista, para enganar os trouxas, possui uma suposta “consciência social”, algo bem “meia-boca”, pois são eles que mantém as ONGs que ensinam artesanato com garrafas PET nas comunidades (como viveriam sem isso, né?); ensinam como pichar muros artisticamente; defendem a liberação das drogas para “recreação” das massas; lutam contra o preconceito linguístico (contra aqueles que querem “obrigar” o povo a falar e a escrever corretamente); defendem o Aborto, a Ideologia de Gêneros, entre muitas outras coisas. Essa “consciência social” nada produz de efetivo contra a pobreza, em verdade, apenas estimula o pobre a se conformar com ela, pois, entre muitos outros malefícios, cria a ilusão de que tem alguém que se importa com eles.

George Soros, um dos principais financiadores da esquerda 

Tudo isso incentivado pela elite mundial metacapitalista, que é quem lucra, e muito, com isso, assumindo o domínio sobre os povos e suas consciências (literalmente), escravizando-os. Para eles não existem leis de mercado, eles fazem suas próprias leis, são uma força paralela (ou transcendente) ao capitalismo tradicional, daí o nome metacapitalistas.


Eles são chamados também de Elite Globalista.


O capitalismo garante a prosperidade individual de quem trabalha, em países verdadeiramente capitalistas (livre mercado) é bem mais fácil, com o devido mérito, alguém vencer na vida. Em nosso país, mesmo que ainda pratique um Capitalismo de Estado mais moderado, é difícil conseguir seu lugar ao sol, mas por enquanto ainda é possível, como por exemplo, o juiz federal (agora desembargador), do Rio de Janeiro, William Douglas, que é nacionalmente conhecido por suas palestras e cursos pra concursos. Homem de inteligência reconhecida e admirada, mas que veio de uma família pobre, o qual admite que se fosse à época do império, seria fatalmente condenado à pobreza pra sempre, pois naquela época os cargos públicos eram distribuídos entre as famílias ricas e nobres.

Existem muitos exemplos de pessoas que conquistaram muitas coisas, mesmo fazendo parte de uma “casta” inferior ou “classe” considerada inferior, como esse exemplo acima.


O apresentador Sílvio Santos é outro exemplo bem conhecido.


A inteligência é algo individual e não está relacionada com a origem social do indivíduo ou sua raça, por exemplo, e nem com os diplomas que possui, o sujeito pode ter formação superior e trabalhar de empregado com salário baixo pra


quem não tem formação alguma, isso é comum. O estudo é igual a um treinamento físico, ou seja, deixa o cérebro treinado e pronto para ação, mas se o indivíduo não nasceu um Pelé, então não importa o quanto treine, nunca será um.


Veja bem, para aqueles que demoram um pouco mais para entender as coisas, não estou dizendo que não devemos estudar, afinal, se o estudo é igual a um exercício físico, basta compararmos a diferença entre um indivíduo sedentário e um maratonista que corre 42 km. Vemos aí que o treinamento faz muita diferença. Com os estudos não é diferente. O que eu quero dizer é que pessoas com inteligência diferenciada não pertencem às castas, raças ou níveis sociais específicos, mas estão em todos os lugares.


Foi isso que Hitler não entendeu, por isso, pessoas como Einstein fugiram da Alemanha.


É isso que os indianos não entendem, por isso, sua sociedade dividida por castas desperdiça muitos talentos.


É isso que o Brasil também não entende, por isso, apesar de não ser oficial, também temos um sistema de castas onde os mais “favorecidos” inibem, podam e humilham os menos “favorecidos”, mesmo que sejam pessoas de capacidade, mas sem as mesmas chances de sucesso, afinal, a
meritocracia é vista como errada pela elite progressista de hoje.


O que se conclui disso?


Elite progressista
A discriminação socialmente aceita, onde a elite progressista, que não admite a meritocracia (que tornaria possível a prosperidade para o pobre), procura garantir a manutenção do pobre na pobreza supostamente para o bem dele.


Isso é preconceito como outro qualquer.


Mas a Esquerda afirma que combate o preconceito, não é?

São mais de trinta anos de governos de Esquerda, mudou alguma coisa pra melhor?

Elite progressista

Não seria a Esquerda quem verdadeiramente incentiva e cria preconceitos? Afinal, foram os esquerdistas que adaptaram o conceito de lutas de classes, de Karl Marx, para todos os outros tipos de grupos sociais. Hoje temos mulheres vs homens; negros vs brancos; gays vs héteros; jovens vs adultos, gordos vs magros e etc.


Uma completa fragmentação da sociedade e um absurdo fortalecimento de antigos preconceitos e a criação de novos.


"Divide et impera" (dividir para conquistar), como diria Júlio César.


Qual sua opinião, caro leitor?


Graça e paz!


Christian Brito

 

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12 comentários:

  1. Quais as referências bibliográficas?

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    1. O conteúdo é meu mesmo, algum problema?

      Isso não é um trabalho acadêmico, mas um artigo. Se quiser se aprofundar em algum aspecto mais profundamente, sugiro que leia Ludwig Von Mises, Olavo de Carvalho, Adam Smith, Max Horkheimer, Antonio Gramsci, além de jornais, revistas e mídia alternativa não-esquerdista atualizados.

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  2. "Por que a esquerda (...)" Visivelmente o dono do blog deve ser um "hétero top", entre 50_60 anos, ressentido, cristão, Bolsominion, usa boné de aba reta, SOLTEIRO e que foi reprovado em alguma federal. Freud explica tamanho complexo de inferioridade. Talvez disfunção erétil tb. E, diante dos trâmites por fundos, o autor topzera de puta artigo deve ter sonhos molhados com o Bolsonaro. Nada de novo por aqui.

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    1. Como sempre acontece, um esquerdista ofendidinho sem nada de relevante a dizer. Então o meu problema é disfunção erétil? É isso que tem a dizer? Que lixo, hem?

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    2. Nível argumentativo do Olavo de Carvalho. Pode me dizer, gostou? Devo ter acertado parte das minhas hipóteses. Nunca falha! A raiz do bolsonarismo é o ressentimento.

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    3. Quem me dera meus argumentos tivessem o nível do prof Olavo, e o seus? Ainda não vi, cadê?

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  3. Gostei do seu artigo! E acrescentaria a ele, paralelamente a citação da teologia da libertação, a teologia da missão integral. Parabéns e obrigado por compartilhar sua percepção de sociedade. Grande abraço.

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    1. Sim, bem lembrado, também tem a teologia da missão integral, obrigado pelo acréscimo e obrigado pela visita, volte sempre!

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  4. Parabéns pelo artigo, esclarecedor.

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  5. Gostei muito deste artigo. Gosto de ler o que me inspira reflexões mais sérias e profundas e muito sobre este tema. Infelizmente, eu acho que a maior parte da mídia maldita é uma das grandes responsáveis e coopera com maestria e sutileza (às vezes nem tanta) em difundir e aumentar ideias erradas e distorcidas também sobre as ideologias levando muitos "inocentes" a mais engano e alienação.

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    1. Concordo contigo. Toda a mídia contribui para isso, da imprensa até o cinema, incluindo novelas e desenhos animados. Somos bombardeados por todos os lados e o tempo todo.

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