Abnader,
um homem misterioso dos EUA e presidente de uma grande empresa de softwares
livres, através de um hacker contratado por ele, invadiu uma grande empresa de
segurança e armazenamento de dados digitais na Espanha onde está armazenado
algo muitíssimo valioso que pode destruir a fé cristã.
Pedro, um
jovem historiador, auxiliado por uma bibliotecária, foi escolhido para proteger
esse segredo.
Para
atingir seu objetivo, Abnader contrata um assassino para matar o principal
guardião desse segredo, o Grão-mestre de uma antiga ordem um cientista chileno
chamado Cisco. Mas sem que seus algozes pudessem saber (ou evitar), mesmo
morto, Cisco consegue transferir a Pedro sua missão de guardar o santo Graal. A
partir daí Abnader e Pedro correm contra o tempo, onde um quer roubar o Graal e
o outro quer protegê-lo.
Resumidamente,
este é o enredo central da estória contada por Neilon Marcio Batista da Silva,
um jovem e promissor escritor amazonense. Seu romance é aparentemente inspirado
em Fortaleza Digital e O Código Da Vinci, ambos de Dan Brown. Neilon é um
profundo conhecedor de TI (Tecnologia da Informação) e um profissional da área,
sendo assim, muito de seu conhecimento em TI é utilizado em O Guardião do
Graal, fornecendo um bom suporte ao enredo e tornando-o bem verossímil.
O livro
tem uma boa dose de suspense e é difícil prever os acontecimentos, também tem
alguma dose de emoção, que, mesmo pouca, é empregada de forma competente,
principalmente no momento em que Pedro lembra-se de uma ocasião em que sua
família morta surge em espírito pra ele.
O autor
claramente defende uma visão Kardecista da vida espiritual, esse fato fica
evidente no momento em que Pedro revê sua família, após a morte de seus entes
queridos, e quando Cisco conversa com ele após ter sido assassinado. Convém
ressaltar que isso não é demérito algum, afinal, todo autor tem o direito de
descrever a realidade conforme seu próprio ponto de vista, aliás, todos os
autores fazem isso.
O único
ponto divergente, talvez, refere-se ao fato de que na estória o segredo do
Graal pode destruir a fé cristã e provar a divindade de Cristo. Do modo como
foi colocado, acredito que tal segredo (leia o livro para saber) de fato
destruiria a fé cristã, mas não provaria divindade alguma, caso provasse, então
a fé cristã não seria destruída, mas fortalecida.
É
evidente que esta é uma obra de ficção, onde o objetivo do autor não é ofender
a fé de alguém, mas, assim como Dan Brown, apenas fez uso de um tema polêmico
que rende, com certeza, muito assunto, onde qualquer pessoa com criatividade
pode fazer boas estórias, assim como o Neilon fez.
Gostei a resenha Bill, mas não sei se leria esse livro. Acontece que não curto muito os livros que seguem a mesma linha dos de Dan Brown.
ResponderExcluirFique na santa paz de Deus. Até mais :]