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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Resenha de livro: O Guardião do Graal




Abnader, um homem misterioso dos EUA e presidente de uma grande empresa de softwares livres, através de um hacker contratado por ele, invadiu uma grande empresa de segurança e armazenamento de dados digitais na Espanha onde está armazenado algo muitíssimo valioso que pode destruir a fé cristã.

Pedro, um jovem historiador, auxiliado por uma bibliotecária, foi escolhido para proteger esse segredo.

Para atingir seu objetivo, Abnader contrata um assassino para matar o principal guardião desse segredo, o Grão-mestre de uma antiga ordem um cientista chileno chamado Cisco. Mas sem que seus algozes pudessem saber (ou evitar), mesmo morto, Cisco consegue transferir a Pedro sua missão de guardar o santo Graal. A partir daí Abnader e Pedro correm contra o tempo, onde um quer roubar o Graal e o outro quer protegê-lo.

Resumidamente, este é o enredo central da estória contada por Neilon Marcio Batista da Silva, um jovem e promissor escritor amazonense. Seu romance é aparentemente inspirado em Fortaleza Digital e O Código Da Vinci, ambos de Dan Brown. Neilon é um profundo conhecedor de TI (Tecnologia da Informação) e um profissional da área, sendo assim, muito de seu conhecimento em TI é utilizado em O Guardião do Graal, fornecendo um bom suporte ao enredo e tornando-o bem verossímil.

O livro tem uma boa dose de suspense e é difícil prever os acontecimentos, também tem alguma dose de emoção, que, mesmo pouca, é empregada de forma competente, principalmente no momento em que Pedro lembra-se de uma ocasião em que sua família morta surge em espírito pra ele.

O autor claramente defende uma visão Kardecista da vida espiritual, esse fato fica evidente no momento em que Pedro revê sua família, após a morte de seus entes queridos, e quando Cisco conversa com ele após ter sido assassinado. Convém ressaltar que isso não é demérito algum, afinal, todo autor tem o direito de descrever a realidade conforme seu próprio ponto de vista, aliás, todos os autores fazem isso.

O único ponto divergente, talvez, refere-se ao fato de que na estória o segredo do Graal pode destruir a fé cristã e provar a divindade de Cristo. Do modo como foi colocado, acredito que tal segredo (leia o livro para saber) de fato destruiria a fé cristã, mas não provaria divindade alguma, caso provasse, então a fé cristã não seria destruída, mas fortalecida.

É evidente que esta é uma obra de ficção, onde o objetivo do autor não é ofender a fé de alguém, mas, assim como Dan Brown, apenas fez uso de um tema polêmico que rende, com certeza, muito assunto, onde qualquer pessoa com criatividade pode fazer boas estórias, assim como o Neilon fez.

Um comentário:

  1. Gostei a resenha Bill, mas não sei se leria esse livro. Acontece que não curto muito os livros que seguem a mesma linha dos de Dan Brown.
    Fique na santa paz de Deus. Até mais :]

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