Aula
4 – Resistência
A
Palavra de Deus diz...
Romanos 3:28:
“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as
obras da lei”.
Nesta última aula,
vamos ver que tipo de relação devemos ter com Deus, com nossa fé e
que tipo de consequência pode haver entre nossa fé e a Teoria
Crítica de Horkheimer. Sabemos que a Teoria Crítica, por ser
marxista, é anticristã em sua essência e, por isso, quer anular a
fé cristã e a família para que os alicerces da sociedade sejam
destruídos, fazendo com que a sociedade, como conhecemos, seja
substituída por um Novo Mundo, uma nova sociedade para um novo
Homem. Onde a moralidade como conhecemos seria substituída por outra
coisa, onde o bem seria o mal e o mal seria o bem.
Sabemos muito bem
que isso vai acontecer um dia, a Bíblia já diz isso há dois mil
anos, conhecemos esse Novo Mundo com o nome de Grande Tribulação, o
reino do Anticristo, um mundo moldado conforme os conceitos
estabelecidos pela Teoria Crítica.
A vinda do
Anticristo está sendo preparada, é só observar os filmes de
Hollywood, sempre tem um líder revolucionário querendo criar um
novo mundo, uma nova sociedade.
Alguém assistiu
Matrix?
Pois é!
Alguém assistiu
Vingadores a Era de Ultron?
Seria Neo o salvador da humanidade? |
Segundo as palavras
do próprio Ultron: “um novo mundo para o novo homem habitar”.
Nas aulas anteriores
vimos, de forma extremamente resumida, alguns aspectos da Teoria
Crítica e como a Igreja de Cristo tem lidado com isso.
Infelizmente, como
ficou bem claro na segunda aula, a Igreja de Cristo está
devendo neste aspecto.
O diabo trabalha com
muito mais seriedade para alcançar seus objetivos, infelizmente.
Nesta última aula
tentaremos responder algumas indagações que ficaram sem resposta ao
longo de nosso estudo.
A primeira questão
que ficou faltando esclarecer foi...
1. Se a
moralidade é tão importante, então a salvação é pela obras?
Talvez alguém não considere essa questão realmente importante,
principalmente se fizer parte do “novo” evangelho, onde não há
mais pecado e nem necessidade de reconciliação com Deus
(2
Coríntios 5:18-20).
Vimos
na primeira aula
a importância da moralidade e como isso forma a nossa consciência,
vimos também que essa consciência é vital para que haja
democracia, vimos através da Lei de Coulson, que a ausência de
consciência tem como principal consequência um Estado totalitário.
Também vimos que o mal no mundo, em si, é um mal moral.
Mas aí surge um
questionamento importante, pois a moralidade teria como consequência
um modo de agir ético e proativo, no caso, boas obras que salvam?
Isso significa que
uma consequência provável dessa moralidade é ir para o céu?
Infelizmente, não!
A salvação nunca
será por boas obras.
Quer saber por que?
Antes de tudo,
entenda que tudo (como diz em Jo 1.1) foi criado por Jesus Cristo,
ele é a Palavra de Deus, quando disse: “Haja luz!”.
Mesmo que o universo
tenha trilhões de galáxias e bilhões de planetas em cada galáxia,
Jesus está além disso, logo, sua relevância é maior que o
universo.
Nebulosa Olho de Deus |
E qual a minha
relevância, por exemplo?
O bem ou o mal que
eu possa fazer só tem ação ao redor de mim, é exclusivo dentro de
meu próprio contexto. Se eu morrer amanhã, meu peso nem vai fazer
diferença sobre a Terra.
O mesmo vale para
qualquer outra pessoa.
E qual a relevância
de nosso planeta no cosmo?
Nenhuma, pois é
apenas um grão de poeira, cuja existência nem tem como ser notada
fora de nossa galáxia!
Entretanto Jesus
tornou-se humano, um de nós, para morrer por nós.
Ele fez isso por nos
amar.
Sendo assim, Jesus
me deve algo?
Ele
tem a obrigação de pagar pelo bem que eu faço? Sendo que esse bem
é insignificante?
No vídeo abaixo,
em nosso canal no YouTube, essa questão sobre Cristo
é detalhadamente explicada.
Vídeo em nosso canal sobre Jesus Cristo
Ao ver o vídeo
acima, ficou clara a insignificância de nossas obras pra Deus.
É por isso que a fé
é superior às obras.
Veja o que diz
Romanos 4:1-8: “Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso
pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi
justificado pelas obras, tem de que se gloriar,
mas não diante de Deus. Pois, que diz a
Escritura? Creu
Abraão em Deus, e isso
lhe foi imputado como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra
não lhe é imputado o galardão segundo a graça,
mas segundo a dívida. Mas, àquele que não
pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio,
a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara
bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as
obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são
perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a
quem o Senhor não imputa o pecado”.
Texto interessante,
né?
Se Abraão, o pai da
fé, tivesse sido justificado por obras, então poderia até querer se gloriar,
mas somente para si mesmo, nunca diante de Deus.
Veja bem, um patrão
não paga o salário de seu funcionário porque é bonzinho, mas
porque DEVE ao funcionário. O salário é o pagamento de uma dívida,
em troca do trabalho prestado pelo funcionário. Entretanto, muito
gente faz o bem acreditando que Deus vai lhe “pagar” por esse
“trabalho”, sendo Deus quem é: o doador de nossas vidas e que
deu Jesus Cristo pra morrer por nós, tem sentido achar que ele nos
deve alguma coisa?
Abraão creu em
Deus, teve fé nele, e isso é que fez com que fosse aceito por Deus.
Como Abraão
demonstrou essa fé?
Abraão e Isaque |
Deus havia prometida
a abraão que sua esposa estéril, Sara, teria um filho e que dele
seria feito uma grande nação e que as nações da Terra seriam
abençoadas por seus descendentes. Deus cumpriu sua promessa e Sara,
com noventa anos, deu a luz Isaque (e dele veio Jesus Cristo). Mas aí
inexplicavelmente Deus pediu Isaque em sacrifício a Abraão.
O que Abraão fez?
Ele obedeceu.
Por quê?
Porque ele creu em
Deus, ou seja, ele não duvidou que Deus cumpriria sua promessa a
respeito de Isaque, pois ele acreditava que mesmo que matasse seu
próprio filho em sacrifício, Deus o ressuscitaria dos mortos (Hb
11.17-18).
Por isso Abraão é
o pai da fé.
Deus não deixou que
Isaque fosse sacrificado, pois a fé de Abraão ficou bem clara.
É essa fé que Deus
quer de nós, no caso, ele quer que tenhamos fé em Cristo.
Veja o que diz
Romanos 3:21-26: “Mas agora se manifestou sem a lei
a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é,
a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e
sobre todos os que creem; porque não há diferença.
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há
em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no
seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para
demonstração da sua justiça neste tempo presente, para
que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.
É pela fé em Jesus
Cristo que somos salvos.
Não
dá pra aprofundar muito sobre essa questão aqui, para que o texto
não fique muito longo, mas se quiser entender detalhadamente esse
assunto, sugiro ver o vídeo abaixo,
de nosso canal no YouTube.
Vídeo do canal Christian Brito |
Creio que o vídeo deixou essa questão bem clara.
Muito
bem, se a salvação é pela fé e não por obras, então surge a
seguinte questão:
2. Por que
defender a moralidade e a ética, se não são necessárias para
salvação?
Pergunta bem
antiética, né?
O motivo é óbvio,
veja em Romanos 6:2: “De modo nenhum. Nós, que estamos mortos
para o pecado, como
viveremos ainda nele?”.
Existe uma
incongruência moral a ser resolvida (valores, princípios).
Para entender
melhor, vamos ver o que diz Romanos e Gálatas. Começando por
Romanos.
Romanos
4.3 diz: “Pois,
que diz a Escritura? Creu
Abraão a Deus, e
isso
lhe foi imputado como justiça”.
Isso
significa que, pela fé, Abraão foi considerado legalmente livre da justiça de Deus, a saber, justificado.
É
essa justificação que a fé em Cristo nos proporciona, pois nos dá
o perdão de Deus, pelos nossos pecados. Esse perdão é a absolvição
do castigo, ou seja, a justificação é a declaração de que não
existe base para a aplicação da pena, da condenação. Essa
justificação está na obra que Cristo fez e não em nossas obras.
Somos
legalmente livres, pois a Lei de Moisés não tem poder para nos
condenar.
Assim
ao sermos justificados pela fé, então somos livres do inferno, mas
não livres o pecado.
Veja
o que diz Gálatas 5.17: “Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao
outro, para que não façais o que quereis”.
Vemos
aqui a luta que todo filho de Deus tem, a luta contra o pecado, ou
seja, moralmente lutando por libertação.
Essa
luta atende pelo nome de santificação.
Frutos
da carne contra os frutos do Espírito (Gl 5).
Na
justificação (salvação pela fé) fomos salvos da
condenação do pecado, enquanto que na santificação estamos
sendo salvos do poder do pecado e na glorificação (após a
nossa morte) seremos salvos da presença do pecado, pois ele não
existirá mais.
Assim,
a moralidade, que fundamenta a ética na sociedade, é um alvo
fundamental para os marxistas da Teoria Crítica, pois a moralidade é
fundamental para que o salvo em Jesus Cristo busque por santificação.
Para os que não são salvos, como visto na primeira aula, a
moralidade é fundamental para que haja consciência.
Assim,
em termos práticos, a anulação da moralidade é a anulação do
bem.
Mas aí vem esse
texto bíblico aqui:
Hebreus
11:13-16: “Todos
estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as
de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram
estrangeiros e
peregrinos na terra.
Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam
uma pátria. E
se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam
oportunidade de tornar. Mas
agora desejam uma melhor,
isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles,
de se chamar seu Deus, porque já
lhes preparou uma cidade”.
Isso
nos leva a nossa penúltima indagação de hoje...
3. Se nossa
pátria é no céu, então porque se importar com o que acontece por
aqui?
Já assistiu o
filme Thor Ragnarok, caro leitor?
Vimos um conceito interessante naquele filme em relação ao povo asgardiano, pois mesmo que o planeta deles tenha sido
destruído, mesmo que sua terra não exista mais, o povo asgardiano
continuou existindo, ou seja, não importa o local, a nação é formada pelas
pessoas e somente pelas pessoas.
O mesmo vale para
nós, a igreja invisível de Deus é formada pelos salvos em Jesus
Cristo, seja no Brasil, EUA, México e etc e também em países onde
o evangelho é proibido e perseguido, como ocorre em países muçulmanos e comunistas, por exemplo.
Nosso povo, nossa
nação, é formada pelos salvos em todas as partes da Terra, isso
significa que os cristãos mortos pela perseguição religiosa são
membros de nosso povo, são gente nossa. Na verdade, ainda mais que
isso, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai que nós.
Temos irmãos
assassinados todos os dias.
Ao lutar contra o
marxismo e sua teoria Crítica, estamos lutando pela sobrevivência e
segurança de nosso povo aqui no Brasil.
Mas podemos fazer
isso?
Essa é a nossa
última indagação.
4. Somos
autorizados a reagir?
A Bíblia relata um episódio dramático, que ocorreu com o povo de Deus, os judeus, quando exilados na Pérsia.
Eles quase foram exterminados.
O que aconteceu?
O relato está no
livro de Ester.
Hamã, principal
conselheiro do rei Assuero, quis exterminar todo o povo judeu, apenas
porque o judeu Mordecai não quis se curvar diante dele. Felizmente,
Ester, sobrinha de Mordecai, que fora criada por ele como filha,
graças a sua grande beleza, foi escolhida para ser a rainha.
Hamã,
em nome do rei, havia escrito um decreto onde todos os povos, que
faziam parte do reino da Pérsia, deveriam exterminar todo judeu que
morasse por ali. Como todo decreto em nome do rei não poderia ser
revogado, então foi feito outro decreto para se opor ao decreto de
Hamã.
Como
vemos em Ester 8:10,11: “10 E escreveu-se em nome do rei
Assuero e, selando-as com o anel do rei, enviaram as cartas pela mão
de correios a cavalo, que cavalgavam sobre ginetes, que eram das
cavalariças do rei. 11 Nelas o rei concedia aos
judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se
dispusessem para defenderem as suas vidas, e para
destruírem, matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da
província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se
saqueassem os seus bens”.
Fé em Deus |
É óbvio que não
vamos pegar em armas, pois nosso contexto é outro, mas a ameaça é
a mesma e vem na forma de uma guerra cultural que, assim como também
aconteceu com Ester, havia por trás uma guerra espiritual.
Sabemos que as
portas do inferno não prevalecerão contra a igreja, mas a igreja
brasileira se enquadra como igreja de Cristo?
Vimos na segunda aula que não.
E se não é igreja
de Cristo, então pode ser derrotada.
Temos muitos
exemplos assim na história, afinal, muitos países muçulmanos já
foram cristãos. A Europa, hoje, é considerada um continente
pós-cristão.
Se a igreja
brasileira não reagir, teremos o mesmo fim.
Temos muitos Deive
Leonardos e René Kivitz, por aí, afagando o ego de pecadores ditos
cristãos, de modo, a permanecerem incessantemente impenitentes (sem arrependimento) e com
os olhos vendados para a realidade da Igreja de Cristo no Brasil (e no mundo).
Satanás se disfarça
de anjo de luz para pregar outro evangelho (2 Co 11 e Gl 1.8).
Como diz Jeremias
8:11: “Eles tratam da
ferida do meu povo como se ela não fosse grave. "Paz, paz",
dizem, quando não há paz alguma”.
Temos
consciência de que tem uma guerra acontecendo, pois não há paz e a
ferida de nosso povo é bem grave.
Nossa
luta é contra as trevas que querem tirar de nós o direito de existir,
se a igreja no Brasil for reduzida a um grupo pequeno, proibido e
perseguido, não será porque Deus quis assim, mas por causa de nossa omissão,
nossa exclusiva culpa.
Mas
assim como Abraão, cremos em Deus e, assim como Paulo, sabemos em
quem temos crido, pois como Jó, sabemos que nosso redentor vive e por
fim se levantará sobre a Terra.
Deus
não abandona quem o busca (Jr 29.13), pois nosso objetivo é ser luz
do mundo e sal da Terra (Mt 5.13-16), ou seja, aquela luz que afasta
as trevas do mundo, revelando tudo que está escondido, mas que
também influencia a sociedade, a ponto de haver um gosto diferente,
um novo sabor, que somente o sal pode trazer.
Nosso
Deus é o nosso refúgio.
1
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na
angústia.
2 Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.
3 Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. (Selá.)
4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
5 Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.
6 Os gentios se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.
7 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)
8 Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações tem feito na terra!
9 Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.
10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.
11 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. (Selá.)
Salmos
46:1-11
Christian
Brito.
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