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sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre o big brother brasil 2011 x filosofia?



No livro a questão judaica, Karl Marx afirma que a religião é ópio do povo. Ele estava se referindo á impossibilidade do desenvolvimento de um senso critico entre a população. Atualmente, face aos baixos níveis dos programas de tv que exploram as sensações mais fáceis de estimular, principalmente entre os menos favorecidos intelectualmente, como a do riso, do sexo, do ridículo, do medo e do escárnio, poder-se-ia dizer que uma nova e sofisticada forma de alienação está em pratica através do “ópio do povo”.

Friedrich Nietzsche (1844-1900) parecia ter o dom da premonição. É que o filósofo alemão se antecipava muito quando se tratava de projetar ideias sobre a condição humana. É dele esta percepção: "O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele". Isto porque Nietzsche foi poupado de atrações quase sérias e semi-circenses, como o BBB. No picadeiro, o macaco é aplaudido por sua imitação do humano: se equilibra e passeia de triciclo e de bicicleta, se veste de gente, com casaca e gravata, sabe usar vaso sanitário, descasca alimentos. No picadeiro do BBB, os seres humanos são aplaudidos por se mostrarem intolerantes uns com os outros, se vestem de papagaios, ladram, miam, coaxam, zumbem – e tudo como se animais fossem. Chegam a botar ovo em momento predeterminado. Vestem-se de esponja e se encharcam de detergente a limpar pratos descomunais noite afora.

Em sua imitação de animal, o humano que se sobressai no BBB é aquele que consegue ficar engaiolado – digo, literalmente engaiolado – junto com outros bípedes não emplumados – por grande quantidade de horas. E sem poder satisfazer as necessidades humanas básicas, muitas vezes tendo que ficar em uma mesma posição, como seriemas destreinadas. E são os únicos animais que demonstram imensa felicidade em permanecer por mais tempo na gaiola. Não lhes jogam bananas nem pipocas, mas quem for o último a sair da jaula semi-humana ganha uma prenda. Pode ser um passeio de helicóptero, pode ser um carro, pode ser uma noite na Marquês de Sapucaí.

Amigos, gostaria de saber suas opiniões sobre esse tema. Obrigado.

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Pergunta feita por Pierre no sítio Yahoo!Respostas.

 

1º Resposta dada por Iago Gazola à pergunta de Pierre.

 

2º Resposta dada por sr Sorriso Estevam à pergunta de Pierre.

 

3º Resposta dada por Até!... à pergunta de Pierre.

 

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Iago Gazola:
Em minha opinião, é um programa que mostra a verdadeira face do humano ignorante. Fico indignado, ao ver uma aberração sendo motivo de orgulho para um canal campeão de audiência no país (estou me referindo ao transexual que está entre os incultos do programa). As pessoas atrofiam mais ainda seus minúsculos e já sujos cérebros com futilidades, que, aos olhos das próprias, é um programa muito importante. Mas importante por quê? O animal que sai por último da jaula ganha uma recompensa e lhe rende uma fama incontestável. Agora me expliquem, por favor, qual talento que o miserável participante possui? Mudando de assunto, estamos numa época onde a desigualdade social anda tão em alta e tão sem solução, que até a desigualdade intelectual está aumentando, um exemplo é o caso de cientistas, que estão em uma constante luta para conseguir tecnologizar mais e mais o mundo. Mas os ignorantes e inferiores, que em maioria habitam o Brasil, estão cada vez mais se tornando selvagens e nojentos. O mesmo valor tem a fama para o inculto, como tem a banana para o macaco.
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sr Sorriso Estevam:
O Big brother Brasil vai volta, não costumo assistir algumas programações de TVs, tipo Rede globo, SBT, e essas outras bobagens, Não tenha nada contra as TVs do Brasil. Mas tenho algo contra a programação e acho BBB o programa mais ridículo do mundo.

Estive me informando sobre alguns dados e inforações sobre o tal e descobri que funciona assim o esquema:

29.000.000 (milhões) de ligações do povo brasileiro votando em algum candidato para ser eliminado. Vamos colocar o preço da ligação a R$ 0,30 (trinta centavos) e só. Então, teremos… R$ 8.700.000,00. Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais, que o povo brasileiro gastou (e gasta), em cada paredão!

Alguém poderia ficar muito bravo com a Rede Globo e a operadora de telefonia ao saber que as classes menos letradas e abastadas da sociedade, que ganham mal e trabalham o ano inteiro, ajudam a pagar o prêmio do vencedor e, claro, as contas dessas empresas.

Agora queridos leitores o problemas, o X da questão é saber que existem pessoas que pagam para obter um entretenimento vazio, que em nada colabora para a formação e o conhecimento de quem dela desfruta; mostra só a ignorância da população, além da falta de cultura e até vocabulário básico dos participantes e, consequentemente, daqueles que só bebem nessa fonte.

Nesse ponto eu vou cair em contradição. Mas certa esta a Rede Globo.

Qual será o segredo do grande sucesso do BBB? Será a mentes brilhantes e astutas que estão lá? Já pensou se inventassem um BBB só com pessoa inteligentes? Será que duraria tanto quanto o tradicional com pessoas burras? Não, não, na Inglaterra, pensou-se em fazer um BBB só com gente inteligente. O projeto morreu na fase inicial, de testes de audiência.

Qual o motivo do fracasso? O nível das conversas diárias foi considerado muito alto, ou seja, o público não se interessaria. Programas como BBB existem no mundo inteiro, mas explodiram em audiência em países de 3º mundo… Um país como o nosso, onde o cidadão vota para eliminar um bobão ou uma bobona qualquer… mas não se lembra em quem votou na última eleição…

Que vota numa legenda política sem jamais ter lido o programa do partido, mas que gasta seu escasso salário num programa que acredita ser de extrema utilidade para o seu desenvolvimento pessoal e, que não perde um capítulo sequer do BBB para estar bem informado na hora de PAGAR pelo seu voto…

Que eleitor é esse? Depois, não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc.

Quem os colocou lá? Claro, o mesmo eleitor do BBB!

Aí, aguente…

- As absolvições dos Renan Calheiros…

- Os Aumentos dos IOFs…

- As Falências dos Sistemas de Saúde…

- As Epidemias de febre-amarela…

- Os 40 Ladrões do Ali Babá… e de quebra agora Dilma _)_
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Até!...

Pierre,

A política do Pão e Circo oferecia à população carente romana alimento e diversão, um estratagema.

Para driblar a atenção do povo para seus problemas de vidas e forma de diminuindo as chances de revolta. Essa questão bem poderia ter servido de base para o pensamento dos filosofo Karl Marx quando afirma que a religião é ópio do povo e de Friedrich Nietzsche, quando analisa o circo.

No nosso século o circo é o Circo da Mídia ele é moderno ópio para os mesmos fins.

Pedindo sua licença, gostaria de aprofundar a analise que você apresenta sobre o comportamento humano. Peço que tente focalizar a obediência CEGA de cada participante confinado, reflita sobre a ordem para que um deles passe a adotar conduta de "sabotador". O sabotador deverá obedecer cegamente às ordens, sem qualquer questionamento de juízo de valor ético ou moral. Terá que agir indo contra seus princípios (muitas vezes) para prejudica a si mesmo e a seu próprio grupo.

Essa situação me lembrou da visão filosófica de Hannah Arendt uma alemã, judia, naturalizada Norte Americana. Hannah Arendt fez a cobertura do julgamento "Eichmann em Jerusalém", acusado de crime contra o povo judeu, de crimes contra a Humanidade, e de pertencer a um grupo organizado com fins criminosos.

"Eichmann se declarou “Inocente no sentido das acusações” e isso deu origem ao estudo sobre a banalidade do mal”

Segundo ela, Adolfo Eichmann não possuía um histórico ou traços antissemitas e não apresentava características de uma pessoa com caráter distorcido ou doentio. Ele agiu como agiu por:

- Desejo de ascender em sua carreira profissional; e

- Seus atos foram resultados de cumprimento de ordens superiores.

Ele era um simples burocrata que cumpria ordens sem racionalizar em suas consequências. Para Eichmann, tudo era realizado com zelo e eficiência, e não havia nele o sentimento de "bem" ou "mal”.

Para Hannah, ele não era o "monstro", o "poço de crueldade" com que era julgado pela maior parte da imprensa. Os atos de Eichmann não eram desculpáveis e nem ele era inocente, mas estes atos não foram realizados por um ser dotado de imensa capacidade de crueldade, mas sim por um funcionário burocrata dentro de um sistema baseado em atos de extermínio.

Hannah Arendt discorre sobre a complexidade da natureza humana e alerta que é necessário estar sempre atento para o que chamou de "banalidade de atos do mal" e evitar a sua ocorrência.

Banalização do mal


Hoje a frase é utilizada com significação universal para descrever o comportamento de alguns personagens históricos que cometeram atos de extrema crueldade e sem nenhuma compaixão para com outros seres humanos, e que em suas vidas pregressas não foram encontrados traços de traumas ou quaisquer desvios de personalidade que justificassem os seus atos. Em resumo: eles eram "pessoas normais".

Tente mergulhar nessa questão, tenho certeza que vai amar.

Até...

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