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sábado, 5 de novembro de 2011

Pra que estudar?




Olá, amigos leitores!

Pretendo, sempre que possível, colocar algum texto da jornalista Rachel Sheherazade. Vale a pena ler o que ela escreve.

Abaixo, um texto da jornalista Sheherazade para refletirmos. O texto foi retirado daqui e as imagens peguei no Google:



E não é que o Ministério da Educação e Cultura agora está recomendado às escolas o fim da repetência até o terceiro ano do ensino fundamental?

Para quem não sabe, os três primeiros anos da vida escolar são decisivos para a alfabetização.

Mas, quem se importa se os estudantes chegarão ao quarto ano completamente analfabetos?

O que interessa é não fazer o aluno repetir de ano, mesmo que isso ponha em cheque todo o futuro desse cidadão, que um dia, lá na frente, terá que se submeter a inúmeros processos de seleção, tanto acadêmicos quanto profissionais….

Então, para quê estudar, ler, se esforçar, aprender, se você, estudante, pode ser aprovado, simples, tranquila e automaticamente?

Uma lição de retrocesso. É isso o que o MEC está dando a todos os brasileiros, alunos ou não.

Mas, por que será que o Ministério da Educação, de uma hora para a outra, resolve desaprovar a reprovação?

Simples. A reprovação custa caro. Quase onze bilhões de reais por ano.

No fim das contas, é tudo uma questão de números. É tudo uma questão de não sair perdendo – do ponto de vista financeiro, é claro.

Aí, o MEC se justifica. “Ah, mas nos países que implantaram esse sistema, como França e Japão, o ensino melhorou.”

Senhores mestres do bom senso, não há fórmula mágica para o ensino melhorar.
Nos países desenvolvidos, o ensino melhorou por que é levado a sério. Educação, na França, é condição para a evolução de todo o país.

No Japão e na França, senhor ministro da Educação, os estudantes que não se saem bem em alguma disciplina são acompanhados rigorosamente por uma equipe de profissionais qualificados e dispostos, a todo o custo, a fazê-los superar as dificuldades.
Não tem ninguém para passar a mão na cabeça do aluno e fazer de conta que ele é um gênio, quando, na verdade, mal aprendeu a escrever o nome.

Mas a lógica do Brasil funciona de outro jeito:

É mais fácil e mais barato aprovar os alunos indiscriminadamente do que investir na qualidade do ensino, contratando bons professores, pagando salários justos, pensando a educação como prioridade neste país.

É o Brasil na contramão da história, enterrando o sistema de ensino meritório e sua história de sucesso que remonta há milênios.

Do jeito que as coisas vão, o futuro do país será bem interessante. Com as bênçãos do MEC, teremos um Brasil de alfabetizados de direito e analfabetos de fato.

Jornalista

2 comentários:

  1. Mais uma vez Rachel Sheherazade foi certeira ao refletir quanto o futuro da nação.
    Concordo plenamente.
    Parabéns ao pensadorlivre-bill, por ajudar a divulgar um assunto de utilidade pública como esse.

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  2. ela teve uma participação na radio globo am/sp ontém 06/11 e foi muito divertido ver rachel só como uma voz...

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