Pretendo,
sempre que possível, colocar algum texto da jornalista Rachel Sheherazade. Vale
a pena ler o que ela escreve.
Abaixo, um texto da jornalista Sheherazade para refletirmos. O texto foi retirado daqui e as imagens peguei no Google:
E não é
que o Ministério da Educação e Cultura agora está recomendado às escolas o fim
da repetência até o terceiro ano do ensino fundamental?
Para quem
não sabe, os três primeiros anos da vida escolar são decisivos para a
alfabetização.
Mas, quem
se importa se os estudantes chegarão ao quarto ano completamente analfabetos?
O que
interessa é não fazer o aluno repetir de ano, mesmo que isso ponha em cheque
todo o futuro desse cidadão, que um dia, lá na frente, terá que se submeter a
inúmeros processos de seleção, tanto acadêmicos quanto profissionais….
Então,
para quê estudar, ler, se esforçar, aprender, se você, estudante, pode ser
aprovado, simples, tranquila e automaticamente?
Uma lição
de retrocesso. É isso o que o MEC está dando a todos os brasileiros, alunos ou
não.
Mas, por
que será que o Ministério da Educação, de uma hora para a outra, resolve desaprovar
a reprovação?
Simples.
A reprovação custa caro. Quase onze bilhões de reais por ano.
No fim
das contas, é tudo uma questão de números. É tudo uma questão de não sair
perdendo – do ponto de vista financeiro, é claro.
Aí, o MEC
se justifica. “Ah, mas nos países que implantaram esse sistema, como França e
Japão, o ensino melhorou.”
Senhores
mestres do bom senso, não há fórmula mágica para o ensino melhorar.
Nos países desenvolvidos, o ensino melhorou por que é levado a sério. Educação, na França, é condição para a evolução de todo o país.
Nos países desenvolvidos, o ensino melhorou por que é levado a sério. Educação, na França, é condição para a evolução de todo o país.
No Japão
e na França, senhor ministro da Educação, os estudantes que não se saem bem em
alguma disciplina são acompanhados rigorosamente por uma equipe de
profissionais qualificados e dispostos, a todo o custo, a fazê-los superar as
dificuldades.
Não tem ninguém para passar a mão na cabeça do aluno e fazer de conta que ele é um gênio, quando, na verdade, mal aprendeu a escrever o nome.
Não tem ninguém para passar a mão na cabeça do aluno e fazer de conta que ele é um gênio, quando, na verdade, mal aprendeu a escrever o nome.
Mas a
lógica do Brasil funciona de outro jeito:
É mais
fácil e mais barato aprovar os alunos indiscriminadamente do que investir na
qualidade do ensino, contratando bons professores, pagando salários justos,
pensando a educação como prioridade neste país.
É o
Brasil na contramão da história, enterrando o sistema de ensino meritório e sua
história de sucesso que remonta há milênios.
Do jeito
que as coisas vão, o futuro do país será bem interessante. Com as bênçãos do
MEC, teremos um Brasil de alfabetizados de direito e analfabetos de fato.
Jornalista
Mais uma vez Rachel Sheherazade foi certeira ao refletir quanto o futuro da nação.
ResponderExcluirConcordo plenamente.
Parabéns ao pensadorlivre-bill, por ajudar a divulgar um assunto de utilidade pública como esse.
ela teve uma participação na radio globo am/sp ontém 06/11 e foi muito divertido ver rachel só como uma voz...
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